30 de setembro de 2011

Eclesiastes ou “o beco sem saída da vida sem Deus”

É possível ser feliz sem Deus? Poucas perguntas são tão importantes quanto essa. Se a
resposta for sim, temos que descobrir os meios de alcançarmos a felicidade e, definitivamente,
podemos deixar de lado os assuntos sobre fé, igreja, Bíblia etc.

Houve um homem no passado que, mesmo conhecendo a Deus e tendo sido ricamente
abençoado pelo Senhor, achou que podia dar rumo à sua vida sem Deus e sem perder sua felicidade.
Seu nome: Salomão. Rico, sábio e inteligente, foi uma personalidade do seu tempo. Suas pesquisas e
seu conhecimento impressionavam; suas habilidades comerciais e de estadista deram a Israel uma
dimensão geográfica e política nunca igualada. Estava sob a bênção de Deus. Até que...

Aos poucos Salomão permitiu que seu coração se afastasse de Deus e da Sua Palavra.
Mulheres, riqueza e fama formaram uma armadilha mortífera. Aquele homem foi experimentar o
outro lado da vida, sem Deus. O resultado da sua busca foi registrado em um livro denso, dolorido,
pessimista – Eclesiastes.

Eclesiastes é provavelmente um dos livros menos conhecidos da Bíblia. Não é de leitura fácil
nem agradável, o que acaba afastando muitos leitores. Sua mensagem, porém, é fascinante e atual.
Merece ser lido e estudado, especialmente nestes tempos de tanta confusão em torno do valor da
vida humana.

Eclesiastes é uma afirmação de que a vida sem Deus acaba em um beco sem saída. O autor,
Salomão, encarrega-se de mostrar as conclusões lógicas a que se chega quando se deixa Deus de
fora. Quando lemos Eclesiastes, temos de ter em mente o seguinte: as afirmações do autor não
podem ser tomadas isoladamente como verdade. É indispensável que leiamos o livro como um todo,
conheçamos sua mensagem central e atrelemos cada parte a essa mensagem central. Qual é a
mensagem central? É que a vida sem Deus é vaidade e correr atrás do vento. Em um português bem
claro: a vida sem Deus é um beco sem saída!

Eclesiastes também impressiona por sua atualidade. Como nos tempos antigos, também
hoje em dia os homens tentam viver sem Deus, tanto na esfera pessoal quanto na pública - na política,
na ciência e nos negócios. Isso inevitavelmente conduz à desesperança e à falta de propósito para a
vida. O resultado é trágico para a sociedade, pois a vida humana passa a carecer de valor. Conhecer
Eclesiastes é conhecer o nosso tempo.

Cuidado para não tentar levar a sua vida sem Deus. Mesmo indo à igreja, o resultado é o
mesmo que Salomão encontrou: um beco sem saída!

Pr. Victor Michel

DEVOCIONAIS PARA A SUA SEMANA

Segunda: Ec 1.1-3 - Usando a Bíblia, que resposta você dá à pergunta do v. 3?

Terça: Ec 1.4-11 - Você concorda com a afirmação de que a história é repetitiva e que não se aprende nada
com ela? Há algo “novo” que você possa apresentar como prova de que a história não é repetitiva?

Quarta: Ec 1.12-15 - Usando a Bíblia, como você reage à afirmação do v. 15?

Quinta: 1.14-18 - Qual é a importância da expressãodebaixo do sol para leitura e entendimento de Eclesiastes?

Sexta: Ec 12.13 - Qual é a alternativa para você não acabar em um beco sem saída existencial? Como você
pode praticar isso hoje?

Sábado: Mc 8.36 - Qual é a relação que há entre esse versículo e o primeiro capítulo de Eclesiastes? Você
realmente tem levado Deus a sério? Como você pode se assegurar disso?

22 de setembro de 2011

Envio

"Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: ‘Separem-me Barnabé e
Saulo para a obra a que os tenho chamado’. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as
mãos e os enviaram".

Atos 13.2,3



O livro de Atos aborda o período inicial da igreja, também conhecida como igreja
primitiva. Atos 1 fala sobre Jesus ressuscitado, antes da Sua ascensão. Jesus ficou 40 dias com
os Seus discípulos. Foi nesse tempo que Ele prometeu: "Mas receberão poder quando o Espírito
Santo descer sobre vocês" (v. 8). Que promessa maravilhosa! Essa promessa se cumpriu sete
dias depois: "Todos ficaram cheios do Espírito Santo" (Atos 2.4). A partir daquele instante, a
igreja estava plenamente estabelecida e pronta para cumprir a sua tarefa. Aliás, que tarefa? O
verso que apresenta a promessa também estabelece o propósito: "... e serão minhas
testemunhas... e até os confins da terra”. Testemunhar sobre Jesus - é para isso que recebemos
o Espírito Santo. Ele nos dá poder para testemunhar.

Em Atos, nota-se como o testemunhar se cumpriu. O capítulo 2 relata que o
testemunho foi tão impactante que, em um dia, três mil pessoas foram batizadas (v. 41). Essas
pessoas vinham de toda parte, como diz o v. 5: "... vindos de todas as nações do mundo". Elas
também receberam o Espírito Santo e voltaram à terra natal para testemunhar de Jesus. O início
da igreja foi o começo de uma grande obra de Deus em toda a Terra. Muitas testemunhas se
espalharam por todo canto que havia, anunciando e testemunhado a salvação em Jesus.

Ainda hoje, os crentes recebem poder do Espírito Santo para testemunhar. Você, que
um dia entregou a sua vida a Jesus, pode contar com esse poder. Não tenha dúvida, creia! Preste
atenção em Atos 13, que relata o primeiro envio missionário. Note os verbos no plural:
adoravam, jejuavam, separem-me, impuseram-lhes e enviaram. Estão relacionados à Igreja de
Antioquia e aos seus líderes (v. 1). O mesmo Espírito Santo que impulsiona cada cristão deu uma
visão para a igreja local: enviar testemunhas pelo mundo!

Hoje, aqui na IECA, dois mil anos depois, estamos fazendo o mesmo. A igreja e os seus
líderes estão enviando uma testemunha - Rebecah. Ela vai para um lugar distante para
testemunhar, e nós participamos desse testemunho diretamente, como aconteceu em
Antioquia. Louvado seja Deus! Isso deixa claro que o Espírito Santo está vivo e presente no nosso
meio. Ele está nos capacitando e nos impulsionando para a obra de Deus, e a igreja está sensível
à Sua voz. Glória a Deus!

Rebecah, que Deus a abençoe e a use como testemunha entre os índios!

Igreja, que Deus sustente a nossa visão e nos dê recursos para testemunharmos aqui e
em lugares bem distantes.

Que Deus ajude a Sua igreja!

Pr. Filipe Teles

DEVOCIONAIS PARA A SUA SEMANA
Segunda: Atos 1 | Terça: Atos 2 | Quarta: Atos 13

Quinta: Filipenses 1 | Sexta: Filipenses 4.10-20 | Sábado: Salmos 96


16 de setembro de 2011

Olhai os campos

“Eu lhes digo: ‘Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita’” (João
4.35).

Jesus ordenou: “Abram os olhos e vejam os campos!”. Um dado de 2005 aponta para
uma população mundial em torno de 6.453.628.000. A ONU divulgou nota, esclarecendo que a
população deve passar de sete bilhões em outubro de 2011. Essa multidão de pessoas está
dividida em mais de 13.000 grupos étnicos, ou seja, grupos de pessoas com características
particulares (há 6.913 línguas e dialetos diferentes, 3.000 deles sem nenhuma porção da Palavra
de Deus). Desses grupos, estima-se que de 3.557 a 6.919 ainda não foram alcançados pela
pregação da Palavra de Deus, totalizando 1.800.228.000 pessoas (quase dois bilhões) que nunca
ouviram falar de Jesus, ou seja, 27% da população mundial. Entenda que não são pessoas que
ouviram e não creram, mas pessoas que nem mesmo ouviram que Jesus existe. Você consegue
ver os campos?

Jesus afirmou: “Eles estão maduros para a colheita”. Diante dessa realidade,
percebemos que o cristão e a igreja têm muito trabalho a fazer. Devemos olhar para o mundo e
não apenas nos assustar com o tamanho da população ou com as tristes notícias de insegurança,
imoralidade e negridão espiritual. Como discípulos, devemos olhar para o mundo como Jesus
olhou - campo de trabalho e, mais do que isso, campo pronto para colheita. Você já pensou em
olhar para as pessoas dessa maneira?

Deus tem muitos frutos espalhados neste mundo. Frutos que devem ser colhidos por
nós. Esses frutos são homens e mulheres que Deus ama, povos e nações pelos quais Jesus
morreu, gente de todo lugar, de tantas culturas, línguas e nações. Um dia, estes estarão diante
de Deus em Sua glória, formando a Noiva, a Igreja de Deus. São pessoas que foram alcançadas
pela graça de Deus por meio da Igreja de Deus, que cumpriu sua missão de ir por todo mundo
e pregar o evangelho a todas as pessoas.

Pare e pense: Como está o seu coração diante dessas informações? Qual é o desafio de
enxergar um pouco melhor a imensidão do campo pronto para colheita? Como você pretende
obedecer a ordem de Deus? Como você pode participar mais ativamente da colheita? Ore,
planeje e se comprometa com essa colheita. Que Deus nos ajude!

Pr. Filipe Teles


DEVOCIONAIS PARA A SUA SEMANA

Segunda: João 15.1-17 | Terça: João 17.20-26 | Quarta: 1 Tessalonicenses 1.2-10

Quinta: Colossenses 1.3-14 | Sexta: Tito 1.11-14 | Sábado: Efésios 1.3-14

12 de setembro de 2011

Tudo posso naquele que me fortalece. Tudo mesmo?

Certa vez, foi perguntado a David Rockefeller, na época, o homem mais rico do mundo, quanto
uma pessoa precisaria para ser feliz. Sua resposta foi: “Um pouco mais do que ela já tem”. Uma pergunta
semelhante foi feita a Sócrates, na Grécia antiga: “Quem é a pessoa mais rica que existe?”. O filósofo
respondeu: “Aquele que está contente com o pouco, visto que o contentamento é a riqueza da natureza”.
Há uma evidente diferença de perspectiva entre o empresário do século 20 e o famoso filósofo do sexto
século antes de Cristo. De um lado, uma mentalidade materialista; de outro, um caráter desprovido de
ganância. A distinção mais profunda entre os dois homens está no grau de contentamento ou, se você
preferir, na razão ou causa da felicidade de cada um deles. Para um, a felicidade está ainda à frente,
dependendo do saldo na conta bancária. Já para o outro, a felicidade independe do que é material.

Em geral, as pessoas são comparadas por seu nível de riqueza (ou pobreza) - quanto ganham, que
carro ou carros têm, em que cidade ou bairro moram e qual o valor da casa em que vivem, quais lugares
frequentam e em quais revistas são citadas ou fotografadas. O resultado é mostrado na lista dos “100 mais
ricos”, por exemplo. Seria interessante comparar as pessoas por seu nível de contentamento. Está bem, sei
que isso é impossível, pois não dá para se medir contentamento, pois é algo subjetivo e depende do humor
momentâneo do indivíduo. Mesmo assim, insisto nessa ideia maluca. Faça uma pesquisa rápida e vai
perceber – talvez dentro de sua própria casa – que o descontentamento pode ser uma realidade para
muitas pessoas.

Numa época entre o tempo de Sócrates e o de Rockefeller, o apóstolo Paulo deu seu testemunho,
dizendo que tinha “aprendido o segredo de viver contente”, independentemente das circunstâncias (Fp
4.12). Talvez não fosse próprio de sua natureza ou personalidade ser um indivíduo contente. Quem sabe
até a sua tendência fosse exatamente o oposto, mas, estando em Cristo, ele descobriu que é possível
aprender o segredo de viver contente. Batendo de frente com tudo o que é representado pela perspectiva
do rico empresário, Paulo passou por enormes apertos financeiros, que o levaram a eventualmente passar
fome. Logo, o seu contentamento não estava ligado com fartura de dinheiro ou bens materiais. Paulo
também não concordaria com Sócrates, visto que a fonte do seu contentamento não era uma atitude
estoica de resignação nem contemplação ou endeusamento da natureza. A fonte do seu contentamento
– o segredo que ele descobriu – estava em Cristo. Ele afirma: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp
4:13). Materialmente, ter muito, pouco ou nada é secundário. O certo é que “todas as bênçãos espirituais”
já nos foram dadas por Deus em Jesus, e isso é suficiente para colocar todo o resto numa perspectiva
diferente.

Se fosse divulgada a lista dos “100 mais contentes da IECA”, você estaria incluído nela? Em que
posição? Sendo mais direto, deixe-me perguntar-lhe: Do que depende o seu contentamento? O que
determina o seu nível de contentamento em Cristo? Se você ainda está atrás do segredo, lembre-se que não
há segredo. Paulo deu a dica: “Tudo posso naquilo que me fortalece”. Tudo? Sim, tudo. Até enfrentar
dificuldades, penúria ou perdas. Vamos aprender?


Pr. Victor Michel

Relacionamentos transformados

Certa vez, li a história de um homem que tinha uma filhinha de três ou quatro anos de idade.
Ele viajava muito. Um dia, ao voltar de viagem e entrar em casa, a garotinha, que não o vira por alguns
dias, correu para ele e disse: “Olhe, papai, já aprendi a escrever”. Ela apresentou a ele uma pequena
lousa com todo tipo de rabiscos, manchas e borrões. Era uma mensagem. Como bom pai, ele disse:
“Certo, você já aprendeu a escrever. Que maravilha!”. Ele exagerou tanto que a menina, com olhos
arregalados e boca aberta, perguntou: “O que está escrito aí, papai?”. Aí, ele ficou atrapalhado. Não
sabia o que dizer. Hesitou um pouco e, então, uma ideia lhe veio, e deve ter vindo de cima. Ele
sentou-se e disse: “Queridinha, vou lhe dizer o que está escrito. Aqui diz que você é uma meninazinha
que realmente quer saber escrever. Diz que você está se esforçando muito para isso, que você está
crescendo e que, algum dia, você escreverá muito bem”.

Ninguém pode ser feliz se não cultivar relacionamentos saudáveis com outras pessoas. Saiba
que os seus relacionamentos em casa, no trabalho e na igreja podem ser melhores e que você pode
ser mais feliz se seguir a orientação bíblica de Colossenses 3:12: “Portanto, como povo escolhido de
Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e
paciência”. Cristo, o supremo Senhor do universo que nos reconciliou com Deus, requer de nós uma
dedicação diferenciada em nossos relacionamentos. Isso pode salvar casamentos, restaurar vidas e
transformar a nossa igreja. Com Jesus, você tem uma nova vida. Independentemente de quem você
era, Deus o vê como escolhido, santo e amado. Nessa nova vida, Deus o convida a vestir-se com novas
práticas nos relacionamentos:

Coração compassivo - a exposição desmedida à violência, tragédia e desgraça pode imunizá-
lo e deixá-lo emocionalmente indiferente ao sofrimento alheio. Por isso, com o auxílio do Senhor,
cultive sentimentos de afeição e simpatia que o movam na direção das necessidades dos que estão
à sua volta.

Bondade – evidência vital da ação do Espírito Santo. Faça o máximo que puder para ajudar
uma pessoa necessitada, mesmo a que você talvez julgue que não mereça um tratamento bondoso.
Deus é bom para você. Seja bondoso para as pessoas.

Humildade – Jesus abriu mão da Sua glória e veio para este mundo por você. Por você, Ele
não apenas viveu com a criatura, mas foi humilhado. Além de humilhado, Ele foi maltratado e
condenado à morte. Não apenas foi condenado à morte, mas ao pior tipo de morte - a morte de cruz.
Por tudo que Jesus fez por você, aprenda a humilhar-se. Isso estabelece pontes nos seus
relacionamentos.

Mansidão – aprenda a ceder os seus direitos e a permitir que Deus molde o seu caráter pelas
circunstâncias com as quais Ele cerca a sua vida.

Longanimidade – elemento fundamental no caráter cristão. Implica exercer equilíbrio de
espírito frente a qualquer provação e ser tolerante diante das falhas e dos defeitos dos irmãos.

Você pode dizer: “... mas eu não consigo”. Deus sabe disso. Por isso, Ele enviou Jesus para
dar-lhe uma nova vida. Jesus pode transformar a sua vida e tornar possíveis as práticas que mudarão
os seus relacionamentos. Comece acertando o seu relacionamento com Deus. Daí pra frente, você
terá a ajuda dEle para desenvolver relacionamentos saudáveis.

Pr. Roberto Poquiviqui

Segredo - investir bem!

“Como é feliz o homem que acha a sabedoria, o homem que obtém entendimento, pois a
sabedoria é mais proveitosa do que a prata e rende mais do que ouro. É mais preciosa do que rubis, nada
do que você possa desejar se compara a ela” (Provérbios 3:13-15).

No Antigo Testamento, a sabedoria é profundamente prática, é a arte de ser bem-sucedido e de
traçar o plano correto para obter os resultados desejados. Em seu sentido mais pleno, a sabedoria pertence
a Deus: “Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre, a sabedoria e o poder a ele pertencem” (Daniel
2:20).

Por esse motivo, as páginas de abertura de cada edição das Institutas da Religião Cristã estampam
o tema da vida de Calvino: “A sabedoria verdadeira e correta consiste em duas partes - o conhecimento de
Deus e o de nós mesmos”. O cristão mais útil, portanto, é o que vive perto de Deus, pois “O temor do
Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina” (Provérbios
1:7).

Podemos afirmar que o sábio tem discernimento espiritual, o que o torna qualificado para viver
de modo saudável. A observação de Provérbios leva a algumas conclusões sobre uma vida embasada na
sabedoria.

A sabedoria é mais proveitosa do que prata e ouro. Recentemente, em função da crise
econômica mundial, os investidores chegaram à seguinte conclusão: o ouro é o melhor investimento! Por
não perder o valor, o seu retorno é quase sempre produtivo ou lucrativo. Imagine o retorno que a sabedoria
pode nos dar! Muito mais do que dinheiro, o retorno de uma vida sábia é paz, alegria, harmonia, comunhão
e desfrute de uma vida que só o Senhor pode oferecer.

A sabedoria é mais preciosa do que rubis. Nada do que possamos desejar se compara a ela.
Nesse ponto, é mais fácil fazermos uma autoavaliação. Pense no que você mais tem desejado nos últimos
dias. Certamente, pelo menos para você, é algo de muito valor. A sabedoria está muito acima do que você
tanto deseja. Como o próprio texto diz, nada se compara à sabedoria.

Como discípulos de Cristo, devemos observar cada detalhe da nossa vida para que sejamos
parecidos com Ele: “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens” (Lucas
2:52) e “Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Colossenses 2:3).

Que desafio temos pela frente, não somente pensando na nossa vida, mas também na vida dos
que o Senhor nos confiou - nossos filhos e nossa casa - e, como igreja, na vida dos que chegam ao nosso
meio! Precisamos de sabedoria.

Estimulo-o à seguinte orientação: “Procure obter sabedoria e entendimento, não se esqueça das
minhas palavras nem delas se afaste. Não abandone a sabedoria, e ela o protegerá, ame-a, e ela cuidará de
você” (Provérbios 3:5,6). Busquemos a Deus! Que Ele nos conceda sabedoria para sermos uma igreja cada
vez melhor! Amém!

Pr. João Gilmar

Testemunhas de Jesus

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra” (Atos 1.8).

Os evangelhos narram a vida e o ministério de Jesus. Também contam como Jesus chamou,
capacitou e enviou os Seus discípulos. O evangelho de Mateus encerra assim: “Vão e façam discípulos”
(Mateus 28.19); o evangelho de Marcos termina com: “Vão pelo mundo todo e preguem” (Marcos 16.15) e
o evangelho de João finaliza dizendo: “Como o Pai me enviou, eu os envio” (João 20.21). Já o evangelho de
Lucas tem uma conclusão menos missionária: “E permaneceram constantemente no templo, louvando a
Deus” (Lucas 24.53). Vale nos lembrarmos, porém, que Lucas também foi autor de Atos dos Apóstolos. Esse
livro histórico narra os primeiros passos da igreja, época conhecida como Período da Igreja Primitiva.

Atos 1.8 deixa clara uma das ênfases da Igreja Primitiva. Lucas diz que Jesus ensinou sobre o reino
de Deus (At 1.4) e, um pouco antes da Sua ascensão, lançou uma promessa e uma ordem. A promessa é:
“Vocês receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês” - o consolador, o capacitador, o
próprio Deus dentro de cada crente. De fato, essa promessa se cumpriu: “Todos ficaram cheios do Espírito
Santo” (Atos 2.1-4, com ênfase no v. 4). A ordem é: “... e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda
a Judeia e Samaria e até os confins da terra”. Com o Espírito Santo, a igreja tem poder para testemunhar
sobre Jesus. Dessa forma, podemos notar que a ordem pronunciada por Mateus, Marcos e João também
foi reforçada por Lucas, no livro de Atos.

Pela leitura do livro de Atos, observamos que essa ordem foi cumprida. Em alguns momentos, foi
forçada por perseguição (At 8); em outro momento, a igreja formalmente enviou missionários (At 13). O fato
é que, até o fim do livro, notamos que a pregação do Evangelho atingiu Jerusalém (At 2.14), Judeia (At 8.1),
Samaria (At 11.19,20) e até os confins da Terra (At 28.28).

Apesar disso, a tarefa ainda está inacabada. Temos muito a fazer, portanto, como igreja, temos
que nos lembrar de onde viemos. O livro de Atos narra o início da igreja. A igreja começou fazendo missões.
Missões, evangelização e pregação são as marcas de uma igreja viva e atuante. Isso não depende de
apenas uns poucos que são enviados para longe, mas de cada um cumprir a missão onde está. Na Igreja
Primitiva, os discípulos e apóstolos pregaram (At 2.14, Pedro e os onze), mas os demais crentes não ficaram
calados (At 8.4: “... os que haviam sido dispersos pregavam a palavra por onde quer que fossem”).

Jesus nos enviou. Jesus nos capacitou com o Espírito Santo para sermos Suas testemunhas. Ser
testemunha de Jesus deve ser o estilo de vida de cada crente. Estudamos e trabalhamos como igreja para
testemunharmos mais e melhor sobre Jesus. Discipulamos e treinamos novas testemunhas de Jesus. Igreja,
somos enviados para testemunhar! Uma testemunha deve ter coragem e ousadia. Para testemunhar, você
tem que abrir a sua boca e anunciar. Testemunhar é correr risco, mas também é dar a outros a oportunidade
de conhecer a verdade que transformou a nossa vida.

Você tem testemunhado? As pessoas que convivem com você em casa, no trabalho, na escola ou
em outros lugares já ouviram algo sobre Jesus por meio de você? Comprometa-se em ser testemunha de
Jesus! Se você tem medo ou insegurança, lembre-se da promessa: “... receberão poder” e cumpra a missão!


Pr. Filipe Teles

6 de setembro de 2011

Igreja de Jesus é vitoriosa

Igreja de Jesus é vitoriosa



“E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades
não poderão vencê-la” (Mateus 16.18).

Esse versículo contém uma afirmação e uma profecia de Jesus. Nesse texto, é talhada a expressão
igreja, do grego ekklesia (ek significa para fora e klesia significa chamados), que traz a ideia de convocação,
reunião, assembleia de pessoas. No Novo Testamento, a palavra igreja aparece diversas vezes, sendo
utilizada em referência a um agrupamento de cristãos e não a edificações ou templos, nem mesmo a toda
comunidade cristã. É nesse contexto que encontramos uma afirmação e uma profecia.

A afirmação é: edificarei a minha igreja. Jesus assumiu a responsabilidade e a autoria da igreja,
do grupo de pessoas convocadas, chamadas, reunidas - tanto no sentido universal (todos os salvos) como
no sentido local (a nossa igreja, por exemplo). Jesus é o arquiteto, o engenheiro e o mestre de obras. Ele é
o agente ativo na construção da igreja. Jesus é quem está trabalhando arduamente para edificar a igreja.
Diante dessa afirmação, devemos ter uma percepção sobrenatural sobre a igreja. Devemos entender que
a existência da igreja não é fruto de uma ideologia humana ou de uma filosofia de vida ou, ainda, de um
esquema de manipulação de massa, mas de uma ação soberana, poderosa e sábia de Deus.

A profecia é: as portas do Hades não poderão vencê-la. A igreja tem uma prerrogativa de vitória.
Apesar da oposição oferecida pelo mundo e pelo Diabo, a igreja tem a garantia divina de que vencerá.
Participar da igreja é fazer parte de um time vitorioso. A igreja tem prevalecido e vai prevalecer pelo poder
de Deus. Algumas traduções optaram pela expressão inferno em lugar de Hades. O fato é que nenhuma
oposição tem condições de prevalecer contra a igreja do Senhor Jesus.

Nesse fim de semana, a nossa ekklesia está reunida para um tempo de integração, edificação e
adoração. É muito bom nutrirmos amor pelo ajuntamento com os nossos irmãos em Cristo, afinal, fomos
reunidos por Cristo! Ele é quem nos convocou, chamou e reuniu.

Vivemos em uma época em que se prega individualidade, exclusivismo, egoísmo e, muitas vezes,
isolamento. Nesse sentido, a igreja é uma contracultura. Quando Jesus estabeleceu a igreja, Sua proposta
objetivava coletividade, ajuntamento, pluralidade e diversidade.

Louvo a Deus por estarmos juntos! Assim, expressamos de verdade o que é ser uma igreja.
Guardadas as devidas proporções e casos particulares, temos que batalhar para estarmos juntos, reunidos.
Que Deus nos ajude!

Pr. Filipe Teles

Enviados

"Novamente, Jesus disse: ‘Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio’" (João 20.21).

O fato é que “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo
o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). A tarefa missionária é ordenada por Deus,
mas é primeiramente realizada por Ele. Jesus foi enviado pelo Pai e tinha convicção do Seu propósito. Lucas
4.14-21 relata que Jesus leu o profeta Isaías e concluiu: “Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de
ouvir”. Mais adiante (v. 43), Jesus disse: “É necessário que eu pregue as boas novas do Reino de Deus
noutras cidades também, porque para isso fui enviado”.

Jesus cumpriu o propósito da Sua vinda. Enquanto esteve aqui, Ele chamou, preparou e enviou os
Seus discípulos para pregar o Evangelho por todo o mundo. Jesus disse: “Não tenha medo; de agora em
diante você será pescador de homens” (Lucas 5.10b). Jesus treinou os Seus discípulos como um mestre que
ensina na prática o que deseja ver realizado por meio dos seus alunos. Jesus enviou os Seus discípulos para
colocar em prática o que haviam visto nEle - o Mestre. Lucas 9.2 narra o momento em que Jesus enviou os
12 discípulos: “... e os enviou a pregar”. Um pouco mais tarde, Jesus enviou 72 discípulos. Lucas 10.1 diz: “...
e os enviou dois a dois”. Foi um grande treinamento supervisionado!

Com esse fundo histórico em mente, podemos entender que a Grande Comissão que
encontramos em Mateus 28.19 e em Marcos 16.15 não foi uma ordem de última hora, algo que os
discípulos não soubessem ou para o que não estivessem preparados. Jesus sempre deixou muito claro:
“Assim como o Pai me enviou, eu os envio”.

Nós estamos cercados por muitas tarefas e responsabilidades. A todo instante, somos cobrados.
As pessoas exigem resultados, números e metas. Naturalmente, também estabelecemos objetivos pessoais
para família, carreira, formação e vida. Diversas vezes, porém, essas coisas nos desviam do grande propósito
de Deus para nós - somos enviados por Deus! Ainda que tenhamos que cuidar da casa, trabalhar para comer
o pão de cada dia e dar conta de tantas outras responsabilidades familiares, sociais e civis, não podemos
perder de vista o que Deus espera que realizemos. Jesus ordenou: “Eu os envio” (João 20.21), “Ide e façam
discípulos” (Mateus 28.19) e “Preguem o evangelho” (Marcos 16.15).

Como Igreja do Senhor e como filhos de Deus, nós temos uma tarefa a cumprir. Temos que
aproveitar todas as oportunidades para pregar o Evangelho, como diz Paulo: “Sejam sábios no
procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre
agradável e temperado com sal para que saibam como responder a cada um” (Colossenses 4.5,6).

Devemos entender que todos nós somos enviados. Uns são enviados para bem longe, mas todos
nós somos enviados. Alguns precisam do suporte de outros para ir para lugares ermos e difíceis ou precisam
de treinamento especializado para alcançar uma cultura diferente, povos diferentes. Seja perto ou longe,
porém, todos nós somos enviados por Jesus! Alguns demonstram grande habilidade em falar e têm
desenvoltura para abordar pessoas; outros têm recursos para investir; outros são tocados por Deus para
trabalhar integralmente na obra missionária; outros fazem sua tarefa de forma discreta, mas perseverante.
Enfim, existe uma grande diversidade na aplicação do envio. Não sei como você vai obedecê-lo, mas nunca
se esqueça: somos enviados!

Pr. Filipe Teles