26 de dezembro de 2011

UMA PALAVRA AOS HOMENS


“Maridos, ame cada um sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela para santificá-la, tendo purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, santa e inculpável”. Efésios 5:25-27.
Crisóstomo disse: “Já viste a medida da obediência? Pois ouve também a medida do amor. Desejas que tua esposa te obedeça como a Igreja Cristo? Então cuida bem dela, como Cristo o faz com a Igreja”. Sabe que medida é essa citada no versículo acima? No texto original a palavra grega para “amar”, não é “Eros”, (profunda paixão sexual), não é “phileo” (afeição existente no seio da família), a palavra é “ágape” ou “agapao”, (amor que não guarda qualquer resquício de egoísmo, que não procura a satisfação própria, nem mesmo afeição como resposta a afeição, mas que luta pelo mais alto bem da pessoa amada). É com essa qualidade de amor que devemos amar nossas esposas, se isso fosse algo vivo em nossas mentes, primeiro pensaríamos muito antes de dizer sim no altar, segundo nosso casamento sofreria bem menos desgaste. Pois, com um amor assim, muita coisa seria suportada, corrigida e aprimorada em nossos relacionamentos.
Imaginem o beneficio que podemos proporcionar para nossa casa, igreja, sociedade, vivendo essa palavra. Uma vez um amigo me disse: “Quer ver o amor do marido pela sua esposa? Olhe o rosto de sua esposa, e verás como ela é amada”. Você que é casado, o rosto de sua esposa reflete o seu amor por ela? Qualquer argumento que usarmos não servirá de desculpas, pois o texto diz que temos que amá-la, cuidar, santificá-la e apresentá-la como a igreja santa e inculpável.
Certa vez um presbítero em nosso meio ouvindo isso fez a seguinte pergunta: “Mas é só isso? Devo amar minha esposa como Cristo me amou? Com um sorriso irônico ele completou: Isso é impossível!” De fato se não olharmos o contexto é impossível, mas os versículos dezoito ao vinte e um nos dão a receita: “Não se embriaguem com vinho, que leva á libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo”. Efésios 5:18-21. É neste contexto que vamos conseguir realizar essas orientações, vivendo no Espírito, e isso começa pela prática pessoal. Como estamos em nossas orações, leituras bíblicas, cânticos, e outras atividades espirituais? Se nossas vidas vão mal obviamente nosso cuidado pelas esposas será desastroso também.
Portanto, como filhos de Deus devemos seguir o que os primeiros versículos do capítulo cinco diz: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus”. Efésios 5:1-2. CRISTO É NOSSO EXEMPLO!


DEVOCIONAL DA SEMANA:
Segunda: Efésios 5:1-2 – Terça: Efésios 5:8-9 – Quarta: Efésios 5:15-16 – Quinta: Efésios 5:28-29 – Sexta: Filipenses 2:1-3 – Sábado: Filipenses 2:4-5 – Domingo: Filipenses 2:12-13.

20 de dezembro de 2011

Carta à família Almeida Teles


Queridos Filipe, Márcia e Micael.

Por dez anos vocês estiveram entre nós. Por dez anos nos beneficiaram e abençoaram com seu ensino, exemplo, dedicação e conselhos. Acima de tudo nos abençoaram simplesmente por estar entre nós. Sentiremos sua falta!
Muitos testemunhos têm sido levantados a seu respeito nestas últimas semanas, desde que decidiram mudar de Atibaia. E todos eles são testemunhos positivos, demonstrando a influência que vocês têm tido aqui na IECA. Desde o primeiro dia em que pisaram aqui, primeiro o Filipe como seminarista de final de semana, depois ambos como um casal que gradativamente passou a fazer parte da equipe pastoral da igreja, vocês sempre mantiveram a integridade de verdadeiros servos de Deus. Não foram perfeitos, mas certamente foram íntegros. Talvez não tenham feito tudo o que podiam, mas o que fizeram carregou sua marca de dedicação, zelo, iniciativa e, acima de tudo, de amor pelo Senhor e por Sua igreja.
Apesar de entristecidos por sua partida, sentimo-nos alegres por saber que o Reino de Deus está sendo beneficiado. Nossos irmãos em Cachoeira Paulista serão igualmente beneficiados por sua presença ali. E daqui a alguns anos seu testemunho naquela cidade certamente será igual ou maior do que aquele que construíram entre nós. Esse é o nosso desejo e nossa certeza.
Saibam que sua marca permanecerá. No ministério infantil, tão carinhosamente liderado pela Márcia por alguns anos. No Conselho de Missões – e por extensão, na visão missionária da igreja. Nas aulas do IBD e nas pregações. Entre os jovens e adolescentes. Nos estímulos ao evangelismo. Em Terra Preta. Nas viagens missionárias pelo Brasil. Nos lares e famílias que vocês visitaram. Nas vidas daqueles que discipularam e aos quais incitaram a uma vida de comprometimento com o Senhor Jesus. Todos nós sentiremos sua falta!
Sua influência não se apagará nos corações desta geração IECA que aprendeu a amá-los e admirá-los. Este é, de certa forma, seu legado e sua recompensa. Nós não poderemos jamais lhes retribuir todo o bem  que nos fizeram. Mas sabemos que o nosso Senhor não deixará de recompensá-los abundantemente. Essa é nossa oração.
Aceitem nossa gratidão, expressa através de um singelo, porém sincero, MUITO OBRIGADO!
“Portanto, Filipe, Márcia e Micael, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Continuem sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil, nem em Atibaia, nem em Cacheira Paulista ou por onde o Senhor os enviar” (1 Co 15.58, parafraseado)

Carinhosamente,

IECA

Vida que trouxe vida!


“Mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens” (Filipenses 2:7).
Quando se trata de cristianismo, sabemos que a palavra vida tem um sentido muito maior do que simplesmente vida terrena. Para o cristão, vida sempre está relacionada à eternidade, pois nos foi garantida vida eterna em Cristo Jesus. Sem dúvida, essa é a esperança que nos impulsiona para um viver saudável e objetivo.
No final do ano, comemoramos o nascimento de quem nos deu vida – o Senhor Jesus Cristo. Ele não deixou nenhum momento de ser Deus, mas abriu mão de algumas prerrogativas em função da elevada posição e da glória da divindade. Em função disso, consideremos algumas atitudes importantes.
A primeira delas é que, como discípulos de Cristo, sempre devemos buscar viver um amor altruísta, pois Cristo se esvaziou por nós, ou seja, Ele abriu mão dos Seus direitos para que vivêssemos a verdadeira vida. Como alguém pode dizer que é discípulo de Cristo se não pensa no bem-estar do próximo? O contrário de altruísta é egoísta. No v. 3, observamos a seguinte exortação: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos”.
A segunda atitude é que Cristo “vindo a ser servo”, não se preocupou com o que os judeus pensariam a Seu respeito, mas resolveu nos servir. Na cabeça de um judeu do primeiro século, o Messias tão aguardado era um messias político, com poderes e função elevada. Ao contrário disso, porém, para nos dar a verdadeira vida, Ele foi contra as expectativas mundanas. Quando Jesus foi questionado sobre posição social, Ele disse: “Não será assim entre vocês, ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo, como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20:26-28). Qual é a sua avaliação sobre essa função tão importante para proclamação do Evangelho? Se a nossa vida demonstra serviço para o benefício do próximo, certamente teremos oportunidades para falar sobre a Palavra de Deus.
A terceira atitude é que Cristo se tornou semelhante aos homens. Jesus não somente passou a ser semelhante, mas também assumiu as reais características externas de um homem. Por isso, Ele se humilhou, foi obediente e sentiu dores e todas as consequências de possuir um corpo humano. Cristo foi até as últimas circunstâncias para que tivéssemos vida. Por isso, podemos comemorar o Natal com verdadeiro significado e sentido.
Que esse exemplo nos desperte para uma vida digna de ser vivida, pois não vivemos uma vida qualquer e sim a vida gerada pela vida. De acordo com nossas limitações e capacidades, que cada um de nós viva o que Paulo orienta: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (Filipenses 2:5-6).

DEVOCIONAL DA SEMANA:
Segunda: Filipenses 1:21 – Terça: Filipenses 1:27 – Quarta: Filipenses 3:17 – Quinta: Colossenses 1:19-20 – Sexta: Colossenses 3:1 – Sábado: 1 Tessalonicenses 4:1 – Domingo: 1 Tessalonicenses 4;1

12 de dezembro de 2011

Como sair do beco sem saída da vida sem Deus?


Ao chegarmos ao fim de nossas mensagens sobre Eclesiastes, temos de lembrar sua mensagem central: à parte de Deus tudo é vaidade! Não é possível encontrar valor e significado para a vida sem considerar a totalidade da revelação de Deus através da Bíblia. Basear-se apenas na sabedoria humana, proveniente da observação e essencialmente especulativa, é acabar num beco sem saída existencial.
Em Eclesiastes observamos três motivos principais que conduzem a uma vida de vaidade. Primeiro porque a vida é considerada de maneira egoísta. Salomão só queria receber e aproveitar e descobriu o inevitável: quanto mais se vive para o “eu”, menos as coisas terrenas satisfazem. Quem só quer receber, quanto mais recebe menos tem. Por mais paradoxal que pareça, o princípio bíblico nos afirma que quanto mais se dá mais se tem (veja Pv 11.24-25; At 20.35; Lc 6.38). Viver de forma egoísta faz com que nos preocupemos apenas com a auto gratificação, armadilha essa na qual Salomão caiu. Qual o resultado? “Vaidade, tudo é vaidade!”
Em segundo lugar, Salomão viu a vida à parte de Deus, e não como sendo controlada por Ele. Deus é pouco mencionado, quase como um apêndice desnecessário. Ora, quanto mais se empurra Deus para a periferia da vida, mais sem propósito a vida fica. Esta é a razão do pessimismo e da desesperança dos homens hoje em dia; a busca desenfreada do prazer, do sucesso e da riqueza nada mais é que uma corrida alucinada dentro do beco sem saída existencial no qual a maioria se encontra. A filosofia evolucionista e humanista que predomina em nossos dias é o pavimento dessa estrada de destruição e amargura. O resultado? “Tudo é vaidade!”
Finalmente, Salomão vê a vida limitada pela sepultura, e não como tendo um destino eterno. Diz ele que o homem morre como morre um a animal, e isso é o fim. Uma implicação evidente dessa perspectiva é que o que realmente vale é aproveitar a vida e gozá-la ao máximo. Para quê? Para chegar ao fim e concluir: “Tudo é vaidade!”
Existe alguma alternativa? Sim, e ela está em Ec 12.13, onde encontramos a síntese daquilo que Eclesiastes/Salomão realmente quer ensinar: “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Teme a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem”. A única coisa que realmente importa em termos da vida presente e da vida eterna é isso: temer a Deus e seguir Sua Palavra. Mesmo quando não se tem todas as respostas. Ou quando as circunstâncias não fazem sentido. Ou ainda quando parecer que Deus está ausente ou em silêncio. Até mesmo quando a injustiça estiver triunfando. Ou quando a volta do Senhor Jesus Cristo parecer demorada demais.
Todavia, devemos considerar que “temer a Deus” e “obedecer os Seus mandamentos” estão intimamente relacionados. Não existe um sem o outro.
O único modo de não entrar (ou de pular fora) do beco sem saída da vida sem Deus é esse: Temer a Deus e obedecer aos seus mandamentos.
Que a sua vida seja cheia de significado e plena de realizações. Mais que votos de ano novo, este é o desejo sincero do seu companheiro de jornada,
                                                                                                                                           Pr. Victor

DEVOCIONAL PARA A SEMANA:
SEG – Ec 12.9-13: Como você relaciona essa passagem com o restante do livro de Eclesiastes? Qual o valor do vers. 12?
TER – Ec 12.14: Você se considera preparado para se encontrar com Deus? Por quê?
QUA – 1 Co 3.10-15: O que você está construindo em sua vida?
QUI – Pv 2.1-11: Qual o valor da sabedoria? Quanto você tem buscado se tornar sábio?
SEX – Pv 2.12-22: É possível ser “sábio” e “mundano” ao mesmo tempo? Qual a relação que você vê entre a sabedoria bíblica e a cultura na qual vive?
SÁB – Ec 3.1-10: Essa passagem é uma aplicação prática de Ec 12.13. Quais foram suas vitórias ao longo deste ano de 2011?

Uma palavra às mulheres



“Mulheres” (Efésios 5.22).

Olá, irmãs em Cristo. Neste domingo, coube a mim a responsabilidade de ministrar uma mensagem bíblica para a congregação. O texto fala diretamente à mulher cristã. Penso que tratar desse assunto não é fácil... Só de pensar no texto e no contexto, nota-se que o assunto vem sendo combatido na nossa sociedade e que está cercado por muito preconceito contra a Palavra de Deus.
O v. 21 fala sobre sujeição. O v. 22 fala sobre submissão. O primeiro aborda a sujeição de uns para com os outros no “temor de Cristo”. O segundo aborda diretamente a sujeição da mulher ao “seu marido”.
Na atualidade, esse assunto se arrasta em uma séria de maus exemplos. Logo se pensa em marido carrasco, marido banana ou marido que humilha. Também se pensa que a mulher tem potencial e valor, pois já conquistou liberdade de voto, de trabalhar fora e de mandar dentro de casa. Enfim, falar sobre esse assunto não é fácil... Devo dizer, porém, que, ao estudar e preparar essa pregação, alguns pontos chamaram muito a minha atenção.
A questão quanto ao papel da mulher já era um problema sério nos dias em que a igreja iniciou. Era tão sério que, por diversas vezes, mereceu atenção especial (note os textos devocionais).
A questão quanto ao papel da mulher está ligada à criação (1 Coríntios 11.7-9) e também é comparada com a submissão que a Igreja deve a Cristo (Efésios 5.22-24). A submissão da esposa é algo sério e está respaldada em alicerces muito antigos.
A submissão da mulher afeta diretamente o seu testemunho cristão e a honra da Palavra de Deus (Tito 2.4,5). Quando não há a submissão, Deus e a Sua Palavra estão sendo desobedecidos.
Por último, nota-se que a mulher tenta não se submeter ao castigo que Deus determinou por ocasião do pecado de Eva (Gênesis 3.16). Logo, a insubmissão é um esforço das “filhas de Eva” de não se colocarem sob o juízo de Deus. É como um filho que foge da varinha.
É, mulher. Como eu disse, tratar desse assunto não é fácil... Aliás, nunca foi! Se, porém, você deseja agradar a Deus e fazer a Sua vontade, você tem que ter prontidão para ouvir e obedecer a lei de Deus. Diante disso, “mulheres, sujeitem-se cada uma a seu marido”.
Pr. Filipe Teles
Gênesis 2.18-25
Gênesis 3.1-7,16
1 Coríntios 11.3-16
Efésios 4.21-24,33
Tito 2.4,5
1 Pedro 3.1-6