23 de abril de 2012

Tudo posso naquele que me fortalece. Tudo mesmo?

Pr. Victor Hugo Michel

Certa vez foi perguntado a David Rockefeller, na época o homem mais rico do mundo, quanto uma pessoa precisa para ser feliz. Sua resposta foi: “Um pouco mais do que ela já tem”.

A mesma pergunta foi feita a Sócrates, na Grécia antiga: “Quem é a pessoa mais rica que existe?”, ao que o filósofo respondeu: “Aquele que está contente com o pouco, visto que o contentamento é a riqueza da natureza”.

Há uma evidente diferença de perspectiva entre o empresário do século 20 e o famoso filósofo do sexto século antes de Cristo. De um lado uma mentalidade materialista; de outro um caráter desprovido de ganância. Mas a distinção mais profunda entre os dois está no grau de contentamento ou, se você preferir, na razão ou causa da felicidade de cada um deles. Para um a felicidade está ainda à frente, dependendo do saldo na conta. Já para o outro a felicidade independe do material.

Em geral as pessoas são comparadas por seu nível de riqueza (ou pobreza). Quanto ela ganha, qual(is) seu(s) carro(s), em que cidade, ou bairro, mora e qual o valor de sua casa, quais os lugares que frequenta e em quais revistas é citada ou fotografada. O resultado é mostrado nas listas dos “100 mais ricos”, por exemplo.

Seria interessante comparar as pessoas por seu nível de contentamento. Está bem, eu sei que isso é impossível, pois contentamento não dá para medir, além de ser algo subjetivo e que depende do humor momentâneo do indivíduo. Mesmo assim vamos insistir um pouco nesta ideia maluca. Faça uma pesquisa rápida e vai perceber – talvez dentro da sua própria casa – que o descontentamento pode ser uma realidade para muitas pessoas.

Numa época entre o tempo de Sócrates e o de Rockefeller, o apóstolo Paulo deu testemunho dizendo que tinha “aprendido o segredo de viver contente”, independente das circunstâncias (Filipenses 4.12). Talvez não fosse próprio de sua natureza ou personalidade ser um indivíduo contente. Quem sabe até sua tendência fosse exatamente o oposto. Mas, estando em Cristo, descobriu que é possível aprender o segredo de viver contente. Batendo de frente com tudo o que é representado pela perspectiva do rico acima Paulo passou por enormes apertos financeiros, que o levaram a eventualmente passar fome. Logo, seu contentamento não estava ligado com fartura de dinheiro ou bens materiais. Mas também não iria concordar com Sócrates, visto que a fonte de seu contentamento não era uma atitude estóica de resignação, nem a contemplação ou endeusamento da natureza.

A fonte de seu contentamento – o segredo que descobriu – estava em Cristo. Ele afirma, Fp 4.13: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Ter materialmente muito, pouco, ou nada é secundário. O certo é que “todas as bênçãos espirituais” já nos estão dadas por Deus em Jesus e isso é suficiente para colocar todo o resto numa perspectiva diferente.

Se fosse divulgada a lista com os “100 mais contentes da IECA”, você estaria incluído? Em que posição? Sendo mais direto, deixe-me perguntar-lhe: do que depende o seu contentamento? O que determina seu nível de contentamento em Cristo?

Se ainda está atrás do segredo, lembre que isso não é mais segredo. Paulo já deu á dica: “Tudo posso naquilo que me fortalece”. Tudo? Sim, tudo. Até enfrentar dificuldades, penúria ou perdas. Vamos aprender?

DEVOCIONAL DA SEMANA

SEG – 1 Timóteo 6.6-10
TER – Hebreus 13.4-6
QUA – Mateus 6.24-34
QUI – Filipenses 4.10-13
SEX – Salmo 33.16-22
SÁB – Efésios 1.3-6

9 de abril de 2012

Ressurreição


“Se Cristo não ressuscitou, então nossa fé é pura perda de tempo, e ainda por 

cima continuamos vítimas do pecado e sem qualquer expectativa de salvação.

Mais ainda: todos os que morreram achando que estavam salvos e que iriam 

para o céu entraram numa fria. Logo, se a nossa esperança em Cristo for 

limitada apenas à vida presente, sem esperança futura, somos as pessoas mais 

desgraçadas da face da terra e os outros precisam ter pena de nós.” 

(‘ Coríntios 15.17-19, paráfrase)


Deus operou muitos milagres ao longo da História. Não há limites para aquilo que Deus pode realizar.

                Numa certa madrugada aconteceu o maior de todos os milagres que a História já presenciou, depois da criação:

- maior que a travessia a seco do Mar Vermelho, pelos israelitas;

- maior que a queda dos muros da cidade de Jericó;

- maior que a transformação da água em vinho;

- maior que as curas de cegos e paralíticos, e maior mesmo que as ressurreições de Lázaro, 
Tabita e outros.

                Deste milagre maior dependem nossa fé e nossa esperança. Se esse milagre foi uma fraude, se ele não ocorreu de fato, então estaremos em maus lençóis.

A ressurreição de Jesus Cristo é o maior de todos os milagres, e é o fato histórico que dá sustentação e validade ao Cristianismo. Tire-se a ressurreição e o Cristianismo torna-se uma religião de homens, com bons princípios morais, com uma ética acurada, mas sem qualquer que a diferencie de outras religiões.

Na passagem bíblica acima Paulo afirma a realidade da ressurreição e suas implicações. Seu argumento está construído “ao contrário”, isto é, ele expõe as consequências que adviriam da não-ressurreição de Jesus. De fato, temos de ler a passagem “ao contrário”:


"Ora, como Cristo realmente ressuscitou, então nossa fé não é inútil, 

e já não estamos vitimados pelo pecado. Mais ainda: todos aqueles que morreram 

crendo nisto estão vivendo com Cristo agora. Ninguém precisa ter pena de nós; 

nós é que devemos ter compaixão dos outros, uma vez que a nossa esperança 

em Cristo não está limitada a esta vida presente, mas à vida eterna.”


Páscoa é milagre; em sua essência é demonstração do poder e da soberania de Deus. Páscoa sinaliza a completa vitória sobre o maior inimigo, que é a morte. A morte foi vencida, a esperança está estabelecida. Não perca isso de vista enquanto comemora com sua família.

Que o Senhor renove sua esperança e confirme sua fé naquele que venceu a morte, Jesus Cristo, o Senhor.



                Pr. Victor

2 de abril de 2012

Geração... ?


Tendo, pois Davi, servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com 
os seus antepassados e seu corpo se decompôs.” Atos 13:36.

“Viver com propósito é a única maneira de viver de verdade. Todo o resto é apenas existir”. Rick Warren. 

Toda geração é identificada pela sua maneira de viver, suas características, suas manias e realizações. E esse comportamento sempre influencia a próxima geração, que posteriormente influenciará outra, e assim por diante. Essas ondas vão movimentando a humanidade pelos séculos. A influência é algo inevitável. 

Davi, depois de cumprir o propósito de Deus em sua vida, deu as seguintes recomendações ao seu filho Salomão: “Estou para seguir o caminho de toda a terra. Por isso seja forte, e seja homem. Obedeça ao que o Senhor, o seu Deus exige, ande nos seus caminhos e obedeça aos seus decretos, aos seus mandamentos, as suas ordenanças e aos seus testemunhos, conforme se acham escritos na Lei de Moisés, assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde quer que vá, e o Senhor manterá a promessa que me fez: Se os seus descendentes cuidarem de sua conduta, e se me seguirem fielmente de todo o coração e de toda a alma, você jamais ficará sem descendente no trono de Israel”. I Reis 2:2-4. 

Nós conhecemos a história de Salomão e notamos que nos momentos em que ele não cumpriu as ordens de seu pai as consequências foram inevitáveis para ele e para o povo. 

Realmente nós estamos construindo a base para a próxima geração. Agora que base é essa? Os crentes puritanos do século dezessete investiam horas no estudo da palavra de Deus e faziam uma leve caminhada para cuidar do corpo. Hoje os crentes (no embalo do mundo) fazem uma devocional de cinco minutos, duas horas de academia, corrida, lutas e futebol. O que estamos construindo para o futuro? Há, sim! Vamos morrer esbeltos! Imaginem uma pessoa perguntando no dia do velório: “Como estava o defunto?” “Olha uma maravilha, não tinha uma celulite!”. Isso é o máximo que conseguiremos. 

Mas se queremos marcar a nossa geração de maneira positiva, temos que cumprir a ordem que nosso Deus deixou para fazermos. “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28:19-20. Um alerta para quem estiver lendo: em breve teremos academias mais modernas, shopping, cinemas com salas modernas, e quando chegar este dia, façamos passeios socráticos. “Sócrates filósofo grego (não o jogador do Corinthians), costumava andar pelo centro comercial de Atenas. Quando os vendedores se aproximavam dele e perguntava o que ele queria ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!”“.  Esse é um exemplo pequeno, perto do maior que é o de nosso Senhor Jesus, Ele deixou sua glória real para que pudéssemos viver de verdade!

Pr. Gilmar


DEVOCIONAL PARA A SEMANA


Segunda: Atos 4:18-19      Terça: I Coríntios 15:1-4          Quarta: Gálatas 5:22-26

Quinta: Efésios 2:1-5    Sexta: 2:19-22     Sábado: II Timóteo 4:1-5       Domingo: Tito 3:3-8



26 de março de 2012

Ouvir a Palavra vale mais que presenciar um milagre!


      Coisas extraordinárias atraem a nossa atenção. Manchetes bombásticas, descobertas maravilhosas ou acontecimentos surpreendentes têm a capacidade de prender nossa atenção. No mundo das religiões, quanto mais extraordinários os “feitos”, tanto mais credibilidade e reputação são granjeados. Os milagres são usados como estratégia de marketing, atraindo mais e mais pessoas que buscam ser atendidas sobrenaturalmente em suas necessidades.

Mas na vida espiritual milagres não sustentam permanentemente a fé. Os israelitas presenciaram uma quantidade incrível de milagres de Deus antes, durante, e depois de serem tirados do Egito: as pragas, a travessia do Mar Vermelho, o maná, água em abundância no deserto, os mandamentos gravados em pedras. Mas nem assim permaneceram firmes em Deus. Os judeus nos tempos de Cristo viram-no realizar milagres espetaculares – alimentar multidões com alguns poucos pãezinhos e peixinhos; curar cegos, paralíticos, leprosos; dominar as forças da natureza. Mesmo assim, permaneceram endurecidos e não reconheceram o Messias que estava entre eles.

      Num dia rotineiramente normal em sua vida de nômade no deserto de Parã, Moisés deparou-se com uma cena inusitada: uma sarça (espécie de arbusto de porte médio) parecia estar em chamas, mas não se queimava, Ex 3.1-10. Aquilo chamou sua atenção, então Moisés aproximou-se para ver de perto. E foi então que ouviu Deus falando consigo. Este acontecimento marcou uma nova guinada na vida de Moisés. Aos oitenta anos de idade ele é convocado para tornar-se o libertador de Deus para o povo escravizado dos israelitas no Egito. 

     Deve chamar nossa atenção o fato de que entre o milagre sobrenatural – a sarça em  chamas – e a Palavra pronunciada por Deus, foi esta, e não aquela, que produziu mudanças significativas na vida de Moisés e redundou na concretização do plano de Deus. A Bíblia nos ensina que “vivemos por fé, e não pelo que vemos” (2 Co 5.7). Ora, a fé é gerada e alimentada pela Palavra de Deus: “A fé vem por se ouvir a mensagem e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo” (Rm 10.17).

   Nestes tempos de confusão religiosa e de promoção desenfreada dos milagres e seus milagreiros precisamos nos precaver e voltar sempre de novo para a Palavra de Deus. Porque ouvir a Palavra vale mais 
que presenciar, ou experimentar, milagres. Os milagres não poderão sustentar a fé; ao contrário, poderão até pervertê-la. Como igreja, estamos comprometidos com a autoridade da Palavra sobre nossa fé e conduta. Quando Deus quiser realizar milagres Ele o fará não para sustentar nossa fé, mas como forma de demonstrar Seu poder e bondade e como meio de nos conduzir a outro nível de maturidade espiritual.

   Quando deparar com um evento extraordinário – como uma sarça queimando – lembre-se de que possivelmente ele virá acompanhado de uma Palavra. Dê prioridade à Palavra.

Pr. Victor

DEVOCIONAL PARA A SEMANA
SEG – 2 Co 4.16-18 TER – Hb 4.12-13 QUA – Sl 119.33-40  
QUI – Sl 19.7-11 SEX- 2 Tm 3.14-17 SÁB – Sl 119.97-104

19 de março de 2012

Digitais de Deus, sinais de soberania


Impressões digitais constituem uma prova contundente. Elas revelam quem tocou no objeto ou quem esteve presente em determinado local. As digitais direcionam as investigações e são usadas nos tribunais como provas para julgar. Elas afirmam e confirmam a autoria de certo ato. Elas servem tanto para condenar quanto para inocentar. 

As digitais de Deus estão presentes no universo. O salmista afirma: “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento proclama a obra das suas mãos” (Sl 19.1). “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos...” (Sl 8.3). As mãos de Deus também deixam gravadas suas digitais na vida de Seus filhos. Como disse o salmista: “Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim” (Sl 139.5).

Deus deixa suas digitais de propósito. Ele não tem nenhum crime a esconder; Ele não precisa temer pelas consequências de Seus atos. Pelo contrário, Ele quer que as provas apontem para Sua presença e para Suas intervenções. E isso para que os homens reconheçam quem Ele é. Em meio às pragas lançadas contra Faraó e o Egito – cujo propósito era manifestar a grandeza e o poder de Deus – os magos dizem a Faraó: “Isso é o dedo de Deus” (Êx 8.19). Eles viram nas pragas a manifestação de alguém maior do que eles e suas mágicas; alguém com quem não conseguiam competir.

As digitais de Deus são deixadas propositalmente na criação, na história da humanidade e nas vidas de Seus filhos. Elas manifestam a soberania de Deus. Revelam o poder divino de criar, transformar, intervir ou determinar os acontecimentos. Somos sábios quando identificamos essas digitais em nossa própria vida e história. Isso nos conforta e estimula por sabemos que Deus está ativo e envolvido. E sempre que Ele o faz os resultados são ternos.

Deus envolveu-se decididamente na vida de Moisés. Gravou Suas digitais na história desse homem, ilustrando para nós algumas formas pelas quais o Senhor também se envolve conosco. Seja no nascimento e preservação num mundo hostil, seja oferecendo experiências especiais e específicas, o fato é que Deus vai proporcionando a Moisés a dose certa de sucessos e fracassos a fim de torná-lo o homem certo para a hora certa. Deus fez-se presente em cada momento da história de Moisés, mesmo naqueles em que parecia quieto, distante ou indiferente. 

Talvez nessa semana o Senhor proporcione a você uma experiência especial. Veja se consegue reparar e as digitais dele ficarão impressas em seu coração. Isso vai ajudar você a adorar o Senhor, mesmo que tenha de chorar. 

As digitais são sinal de Sua soberania. Mas também de Seu amor.

Pr. Victor


DEVOCIONAL DA SEMANA


SEG – Salmo 139. 1-6 TER – Sl 139.7-12 QUA - Sl 139.13-16              
QUI – Sl 139. 17-24   SEX – 1 Pe 5.6-7 SÁB – Jo 10.28-29


12 de março de 2012

Como lidar com tormentos do coração?


Nosso principal problema que nos afasta de Deus; que causa conflitos com as
pessoas que amamos; que traz culpa, medo, vergonha e ansiedade para nosso coração:
é o pecado.

Por causa do pecado até mesmo nosso corpo pode definhar (Sl 32:3,4).

Mas, como é difícil admitir que temos esta enfermidade espiritual!

Semelhantes a Adão, pecamos e a primeira reação é fugir da presença de Deus;
carregamos sozinhos, nosso medo, vergonha e culpa. Ao invés de admitir logo o
pecado, culpamos o outro. E às vezes, culpamos até mesmo o Senhor.

Entretanto, aqueles que aceitam o diagnóstico do “Médico dos médicos”,
recebem dele o tratamento.

O profeta Miquéias disse: “Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o
pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu, que não
permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor. De novo terás
compaixão de nós; pisarás as nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados nas
profundezas do mar”. (Miq 7:18,19)

Deus não nos lança fora por causa de nossos pecados. Ele quer nos perdoar nos
dar sua paz.

Deus não ignora que pecamos. Ele perdoa e esquece.

Para ser perdoado é preciso buscar o perdão que Deus disponibiliza a todos: “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e
nos purificar de toda injustiça.” (1 Jo 1:9).

Por maior que tenha sido a transgressão, Ele não permanecerá irado para sempre
com você, que é seu filho. Deus irá tratá-lo, mas com amor.

Por mais traumática que tenha sido a experiência, Ele pisa nessas maldades,
esmigalha de tal modo que as torna em pó; então, lança tudo num lugar profundo e
inalcançável do mar.

Fique tranquilo: um mal que foi tratado diante de Deus jamais será trazido de novo
e lançado diante de você.

Não há nada neste mundo que cause mais problema para nosso coração do que
o pecado.

Entretanto, não há outro remédio capaz de tratá-lo senão o perdão que é fruto do
amor, da graça e da misericórdia do nosso Deus.

Que esta verdade traga paz ao seu coração

Pr. Poquiviqui


DEVOCIONAL PARA A SEMANA

SEG - Miq 4:5                      TER - Miq 5:2,4,5ª                          QUA - Miq 6:8 

QUI - Miq 7:7,8                   SEX - Miq 7:9                                   SAB - Miq 7:18,19
 

5 de março de 2012

Quando o mundo nos magoa


“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus, que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos”. Hebreus 12:15.

Mágoa! Tristeza, uma ferida causada por uma palavra ou ação de outro. Esse tem sido um dos diagnósticos mais freqüentes de minha visita pastoral nos últimos dias. E o pior é que a pessoa que nos causa na maioria das vezes são as pessoas que mais amamos. Esposas magoadas com seus maridos por se sentir usadas, maridos por sua vez magoados por não serem respeitados como líder, filhos magoados com os seus pais pela incoerência dentro de casa, moças magoadas por rapazes que disseram que as amavam e depois as abandonaram!

Mágoa! É um câncer no meio da humanidade, e também no meio da igreja. O que devemos fazer quando o mundo nos magoa? Pra começar, não podemos fazer o que todos fazem: abrigar amargura contra outro e pensar: “Nunca vou perdoar o que ele fez!”.  A amargura brota em nós quando alguém nos magoa e nos recusamos a perdoá-lo. Da mágoa resulta uma decepção profunda, que, por sua vez, leva ao ressentimento e ao ódio. E nesse mundo, onde, por ordem de Deus, temos de testemunhar, existem muitas pessoas ao nosso redor capazes de nos magoar.

A mágoa atua como ácido que goteja, goteja, goteja, e vai corroendo nossa alma. Todos nós sentimos dor do mesmo modo e nossas piores feridas são as interiores, onde ninguém vê, a não ser Deus. Todos nós sabemos o que é chorar em silêncio, por mais que coloquemos uma fachada de coragem.

Existe, contudo, um aspecto muito negativo nessa questão de não se perdoar a quem nos magoou: desviamos nossa atenção de Jesus e da vida, e ficamos constantemente a pensar naquele que nos magoou. E quando centralizamos o pensamento demasiadamente no erro contra nós cometido, nós começamos a mudar. Vamos modificando, até nos tornarmos parecidos com aqueles em quem pensamos, passo a passo, passamos a viver e agir como aqueles que nos magoaram.

Quando não liberamos perdão nos tornamos “escravos” das pessoas que nos magoaram. E, como o versículo acima de Hebreus nos alerta, além de sofrermos com a exclusão da graça (não é perca de salvação e sim ausência de comunhão com Deus), podemos contaminar as pessoas que convivem conosco. Contaminados com uma doença que começou em nosso coração.

O que devemos fazer? Devemos seguir o exemplo daquele que mais teria motivo para ficar triste, aquele cuja ferida é a maior causada na história da humanidade, cuja ofensa foi a maior, até hoje, que uma pessoa pode sofrer. Nosso Senhor Jesus Cristo, depois de julgado de forma ilegal, falsas testemunhas falaram sobre ele, foi condenado de forma ilegal, mesmo quando Pôncio Pilatos deu oportunidade para que soltassem Jesus, os gritos foram: “Soltem Barrabás, soltem Barrabás!”. Diante de tudo isso Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Lucas 23:34. Você que está lendo esse compartilhar e, por acaso, tem uma ferida que tem que ser tratada, use esse remédio, “O PERDÃO”. Você que já foi perdoado, que saiu debaixo da ira de Deus graciosamente, libere o perdão, e ore pela pessoa que te machucou. E com isso poderá viver com qualidade, desfrutando das bênçãos de Deus sobre a sua vida.


DEVOCIONAL DA SEMANA:

Segunda: Gálatas 6:9- Terça: Gálatas 5:25-26- Quarta: Filipenses 2:5- Quinta: Filipenses 3:10-11- Sexta: Colossenses 3:1 – Sábado: Colossenses 3:15 – Domingo: Hebreus 3:12

28 de fevereiro de 2012

Palavras finais



“Meu querido filho...
“... eu não estarei por perto para auxiliá-lo muito tempo mais. Meu tempo está 
quase terminado. Daqui a pouco eu estarei a caminho do céu. Muito tempo lutei 
incansavelmente por meu Senhor e no meio de tudo eu me conservei fiel a Ele. E agora 
chegou a hora de eu parar de lutar e descansar. Lá no céu me espera uma coroa, a qual 
o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele grande dia do seu regresso. E não só a mim, mas 
a todos aqueles cujas vidas mostram que eles estão aguardando ansiosamente a sua 
vinda outra vez...”

Estas são as palavras do grande guerreiro Paulo no final de sua carreira (2 Tm 
4:6-8 – Bíblia Viva).

Percebemos que, tão importante quanto começar bem, é terminar bem nossa 
jornada.

Notamos que é imprescindível deixar alguém em nosso lugar, pois não 
ficaremos aqui para sempre.

No final da batalha o que importa não são as conquistas, mas os 
relacionamentos conquistados; ter alguém para chamar de amado, amigo, querido filho.

Como é fundamental chegar ao final sabendo que ali não é o fim. Levantar os 
olhos para o céu e ter uma esperança que não pode ser desfeita, nem mesmo pela morte.

Que estas palavras finais o incentivem a continuar firme em sua batalha e a viver 
de tal forma que um dia tenha a honra de pronunciá-las.

Comece hoje a cunhar com sua vida um testemunho que perdurará mesmo 
depois de sua partida.

Siga firme querido irmão! Siga firme querida irmã!



Pr. Poquiviqui

DEVOCIONAL PARA A SEMANA


Seg: Rom 16:25-27                   Qui: 1 Tim 6:17-21


Ter: 2 Co 13:11-13                    Sex: 2 Tim 4:17,18


Qua: 1 Tes 5:23-28                   Sáb: Tito 3:8-11



20 de fevereiro de 2012

O homem piedoso é satisfeito com Deus


“Protege-me, ó Deus, pois em ti me refúgio. Ao Senhor declaro: ‘Tu és o meu
Senhor, não tenho bem nenhum além de ti”’ (Salmos 16:1,2). Do ponto de vista bíblico, o
homem piedoso não é o homem que vive dando esmola nas esquinas ou fazendo boas
ações diariamente. O homem pio é o contrário do homem ímpio, ou seja, é alguém que
teme a Deus, é uma pessoa que expressa sua espiritualidade de coração, reflexo da sua
intimidade com Deus. Temos a tendência de analisar uma pessoa espiritual pela roupa que
usa, pelas palavras que fala ou pela expressão facial que apresenta no culto de domingo à
noite, mas tudo isso é resultado de uma influência meramente humana e não realmente
espiritual. O homem piedoso é aquele para quem, aconteça o que acontecer, somente
Deus é a sua fonte de conforto, e ele é satisfeito com isso. Essa tem que ser a essência da
nossa igreja, pois sempre haverá situações de desconforto, tristeza e dor.

Esse lindo poema davídico deixa claro que Deus é refúgio para os piedosos - “não
tenho bem nenhum além de ti”. É difícil vivermos essa verdade, tanto que C. S. Lewis disse:
“O sofrimento humano é a humilhação de Deus, porque, quando o homem passa por
tribulações, ele busca refúgio em todas as opções e, quando não lhe resta mais nada, ele
olha para Deus e então o busca”.

Em nossa pirâmide de bens, onde realmente se encontra Deus? Será que, com
tranquilidade, podemos dizer que não há nenhum bem maior na nossa vida além de Deus?
Observem que, nos versículos 3 e 4, Davi diz: “Quanto aos fiéis que há na terra, eles é que
são os notáveis em quem está todo o meu prazer, grande será o sofrimento dos que correm
atrás de outros deuses, não participei dos seus sacrifícios de sangue, e os meus lábios nem
mencionarão os seus nomes”.

Há um contraste entre os piedosos e os apóstatas da época. Davi se identifica
com o primeiro grupo e se dissocia do segundo. Também fica evidente que alguns dos que
já participaram do primeiro grupo hoje não se encontram mais nele. Já nos versículos 5 a 8,
Davi expressa a percepção que tem - Deus é tudo que ele precisa para ter uma vida feliz,
contente, bem direcionada e segura.

Será que estamos no grupo dos fiéis? Hoje, descansamos no nosso Deus da
mesma forma que Davi descansou? Essa deve ser uma reflexão pessoal e sincera para que
enfrentemos este ano. Que Deus seja o nosso refúgio sempre! Amém!

Pr. Gilmar


DEVOCIONAL PARA A SEMANA

Segunda: Salmo 91:1,2 
Terça: Salmo 71:7  
Quarta: Salmo 63:1 
Quinta: Salmo 112:6,7  
Sexta: Isaias 40:29-31 
Sábado: Provérbios 29:25 
Domingo: II Timóteo 3:10,11.

13 de fevereiro de 2012

Nossos heróis


Quem é o seu herói? E por que ele é seu herói?

Estas perguntas tornaram o café de um grupo de homens um ambiente ainda mais gostoso.
Um irmão lembrou-se de Davi: “Davi, um homem pecador, como nós... mas quando tomava consciência de seu pecado, ia para Deus quebrantado buscar a misericórdia.”
Outro disse: “Meu herói é Jó; perdeu tudo o que possuía, mas não perdeu a fé naquele tinha lhe dado todas as coisas”

Dois citaram Moisés: “Ele foi adotado pela filha de Faraó, mas abriu mão de tudo para cumprir o chamado de Deus”. O outro disse: “Mas ele resistiu ao chamado, afirmando que não sabia falar... é assim que me sinto muitas vezes... mas, mesmo assim, Moisés foi usado por Deus.”

Mais um compartilhou: “Abraão foi obediente. Diante do pedido de Deus, de ir até o Monte Moriá e oferecer seu filho em sacrifício, a resposta dele foi a obediência... como é difícil obedecer.”

Outro comentário: “Os amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego... não sabiam se Deus os livraria da fornalha, todavia decidiram desobedecer ao rei e não desobedecer a Deus”.

Tivemos mais um: “João Batista... vida incomum, pregação desafiadora, ministério de 6 meses encerrado quando foi decapitado. Enquanto viveu dizia ‘convém que Jesus cresça e eu diminua”.

Em poucos minutos trouxemos diante de nossas mentes verdadeiros heróis, heróis da fé.

Homens que nos inspiram a confiar em Deus e obedecê-Lo.

Entretanto, percebi que os homens do café também são como os homens da Bíblia. Nossos heróis bíblicos também passam por angústias, e até por dúvidas. O Salmista disse: “os meus pés quase tropeçaram; por pouco não escorreguei. Pois tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidades desses ímpios” (Sl 73:2,3).

Um querido irmão confessou: “eu briguei com Deus... e por pouco eu quase neguei minha fé. Foi então, que Deus interveio e usou minha vida, quase sem fé, para levar uma pessoa, de joelhos, a confessar sua fé em Jesus”.

Ao longo do dia pensei nos heróis da fé bíblicos. Porém, atentei também para os meus irmãos do café, que, pela graça de Deus, são exemplos vivos de heróis da fé.

Volte-se para a palavra de Deus, ao mesmo tempo também se lembre dos irmãos de nossa igreja e responda: Quem é o seu herói da Bíblia? E na nossa igreja? E por que ele é seu herói?

Seja um herói da fé!





Pr. Poquiviqui



SEG - Salmo 51             TER - Jó 1:1-2:10                 QUA - Exodo 3,4


 QUI - Gênesis 22:1-19        SEX - Daniel 3              SÁB - João 3:22-36

6 de fevereiro de 2012

CONSTRUINDO O CARÁTER EM BOA COMPANHIA


                  Você conhece o ditado: “Diz-me com quem andas e te direi quem és”? Mesmo não sendo um versículo bíblico, carrega uma verdade bíblica: as companhias afetam – positiva ou negativamente – tanto o comportamento quanto o caráter de uma pessoa. Em geral tornamo-nos semelhantes às pessoas com quem convivemos. Por isso é tão importante escolher bem nossos amigos e companheiros.

                No livro de Provérbios há inúmeras passagens que nos previnem quanto a escolher bem as companhias. Pv 13.20 nos diz: “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal”. Já Pv 22.24 adverte: “Não se associe com quem vive de mau humor, nem ande em companhia de quem facilmente se ira; do contrário você acabará imitando essa conduta e cairá em armadilha mortal”. Em palavras claras o conselho é: ande em boa companhia e você ficará melhor; ande em má companhia e você irá se quebrar. Ou seja, escolher as companhias é tanto uma questão de sobrevivência quanto de crescimento pessoal.

                Na sua última carta a Timóteo (2 Tm), Paulo o exorta com firmeza: “Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor”. Timóteo era um obreiro, um pastor. Mas era jovem, portanto, suscetível às tentações e pressões próprias da juventude. A expressão desejos malignos aponta para a sensualidade, mas também para a teimosia, a rebeldia, as explosões de gênio, a autossuficiência, a vaidade, a competição são algumas dessas tentações e pressões. Ainda que tais desejos malignos não sejam exclusivos dos jovens, eles são os mais vulneráveis nessas áreas, fruto de sua imaturidade e inexperiência.

                Para escapar dessas armadilhas que corroem o caráter, Timóteo devia envolver-se com pessoas piedosas. A lição de Paulo aqui é que a comunhão com bons cristãos oferece o ambiente onde as boas virtudes cristãs irão florescer. As paixões intempestivas e quase incontroláveis da juventude podem ser contidas e controladas quando bons companheiros estão por perto. E quando bons modelos podem ser visualizados e imitados.

                Jovens da IECA, fujam dos desejos malignos próprios da juventude. Procure bons companheiros entre aqueles – jovens ou não — que invocam o Senhor de coração puro. Ande apenas na companhia daqueles que podem acrescentar valores espirituais positivos à sua vida. E ande longe daqueles que irão corromper seu caráter e seu testemunho.

                Pais dos jovens da IECA, verifiquem quem são os companheiros de seus filhos e os ajudem a entender os riscos das más companhias. Quem sabe vocês podem instruí-los sobre como entrar e valorizar bons modelos para suas vidas. Mas o mais importante é: seja companheiro de seus filhos. Sirva como modelo e referencial para eles. Ninguém os ama como você – apenas Deus, mas você é o representante do amor de Deus na vida de seus filhos.

                Diz-me com quem andas e te direi quem és hoje... e quem serás amanhã.

                               Com amor e respeito,
                                               Pr. Victor


Devocional para a semana:
SEG – 2 Tm 2.22-23                         TER – Pv 22.24-25                            QUA – Pv 23.19-26
QUI – Sl 1.1-6                                    SEX – Cl 3.16-17                               SÁB – 1 Co 15.22

30 de janeiro de 2012

APROVADO


                Aprovação é algo que todos desejamos e procuramos. Queremos ser aprovados em provas, concursos ou em nosso desempenho a fim de ganhar alguma promoção. Queremos que as pessoas falem bem de nós, demonstrando sua aprovação à nossa pessoa. Queremos ser aprovados dentro de casa, por nossos familiares e amigos. O fato é que aprovação faz bem, desenvolve nossa autoestima por nos dar uma forte sensação de aceitação.
              
              Mas a maior aprovação que podemos conseguir é a de Deus. Essa é inigualável em valor e em resultado. Ouvir do Senhor: “Servo bom e fiel...” deve significar para o crente o mais importante elogio que ele pode receber. O elogio corresponderá a um carimbo de “APROVADO” sobre nossa vida e labuta.
                
                Como crentes, temos de buscar essa aprovação com critério e abnegação. A Bíblia nos incita a isso. Escrevendo para Timóteo, seu companheiro de trabalho, Paulo o exorta: “Procure apresentar-se a Deus aprovado”, 2 Tm 2.15. Isso é coerente com o ensino mais específico de Paulo, que adverte que pastores, presbíteros e diáconos devem ser “experimentados e aprovados” para poderem exercer seus ministérios, 1 Tm 3.10.
               
        Há duas direções nas quais concentrar nossos esforços na busca da aprovação do Pai. A primeira é “manejar corretamente palavra da verdade”, 2 Tm 2.15. Isso significa fazer um uso correto, reto, honesto, consistente da Bíblia. Significa certamente conhecer a Palavra, mas também praticá-la pessoalmente. Em outras palavras, ser um praticante da palavra, e não apenas um ouvinte ou um conhecedor dela (cf. Tg 1.22).
                
          Mas, em outra direção, Paulo instrui a Timóteo a não se envolver em conversa fiada, 2 Tm 2.14 e 16. É algo inútil a “discussão acerca de palavras”. Não ganhamos nada quando ficamos brigando por opiniões, palpites ou interpretações particulares de certos assuntos. É certo que devemos ter convicções bem firmadas, e opiniões próprias. Mas a “discussão”, por si só, “não traz proveito algum”, diz Paulo em 2.14. Praticar é mais valioso do que opinar. Além disso, Paulo adverte Timóteo a “evitar as conversas inúteis e profanas”. Profano é tudo aquilo que fere a santidade e a reverência próprias de Deus e Sua Palavra. Piadas ou conversas indecentes, insinuações ou maledicência, são alguns exemplos disso. Assentar-se numa roda de escarnecedores, ou buscar e seguir o conselho dos ímpios são maneiras do salmista aplicar esse mesmo conceito (cf. Sl 1).
               
           Logo, devemos considerar que PARA SER APROVADO É MELHOR FICAR CALADO! Viver a pureza e simplicidade devidas a Cristo tem muito mais valor do que arrotar conhecimento bíblico. Aplicar a Palavra consistentemente à própria vida nos livra do perigo de ficarmos nos justificando ou discutindo.

E se é melhor ficar calado, talvez devamos reconsiderar a forma como usamos as redes sociais na internet. É bem possível que estejamos nos envolvendo em conversas inúteis e discussões sem qualquer proveito para nos tornar APROVADOS!

Quero propor que nesta semana você desenvolva com um(a) irmão(ã) um compromisso de “conversas edificantes”. Será um passo a mais na busca da APROVAÇÃO.

Quer conversar comigo?

                              Pr. Victor


DEVOCIONAL DA SEMANA
SEG – Sl 1                                             TER – Tg 1.19-27                                 QUA – 2 Tm 2.14-19
QUI – Cl 3.15-17                                 SEX – Ef 4.25-32                                  SÁB – Sl 15

23 de janeiro de 2012

ORAÇÃO – PASSATEMPO OU ARMA DE GUERRA? (Parte 2)


                Para mim, há um certo mistério envolvendo o exercício da oração. Se Deus sabe tudo e tem todas as coisas sob Seu controle soberano, como é que um pedido meu (ou da igreja) pode alterar um plano de Deus? Mais ainda: como compreender que Deus queira fazer algo e fique “esperando” até que alguém peça aquilo para, só então, entrar em ação? Em Mt 6.8 o Senhor Jesus afirmou que “o Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem”. Não obstante, declara que devemos orar. Ou então, como explicar aquele impulso irresistível para orar por alguém ou alguma coisa e descobrir depois que Deus atendeu a oração? Terá sido mera coincidência, ou existe alguma ação interior do Espírito Santo impulsionando tanto a oração quanto a resposta a ela?

                Não sei explicar. Mas acredito no valor e no poder da oração. Na Bíblia, Deus deixa claro que deseja escutar nossas orações e que reage a elas. Veja-se, por exemplo, a história relatada em At 12.5. O apóstolo Pedro tinha sido preso logo depois que outro apóstolo, Tiago, tinha sido morto. Era certo que Pedro teria o mesmo fim. Então a igreja em Jerusalém, consciente da situação, “ora intensamente a Deus por Pedro”, e Pedro foi tirado da cadeia por um anjo de Deus. As orações da igreja foram respondidas, e o rei Herodes ficou impotente.

                Em Lc 18.1-8 o Senhor Jesus usa de uma parábola para nos ensinar a “orar sempre e nunca desanimar”. Usando o exemplo de uma mulher que, por insistência e persistência, obtém a atenção e a decisão de um juiz, Jesus declara-nos que Deus se importa com Seus escolhidos e lhes faz justiça; no caso, isso significa que Deus responde depressa ao clamor dos Seus filhos.

Ao ensinar os discípulos a orar, Jesus lhes disse para pedir: “Venha o teu reino”. A vinda e a expansão do Reino de Deus vinculam-se com a oração do povo de Deus. Logo, se queremos ver o Reino se expandindo a partir da presença e atuação da IECA, devemos fazer da oração um instrumento de ministério – ou de guerra, se for o caso. A intercessão fervorosa, o clamor incessante, o pedido indignado e a adoração reverente devem compor nosso repertório de oração. Pela oração podemos ministrar tão longe quanto nos países onde nossos irmãos estão sendo perseguidos e maltratados (Coréia do Norte, Irã, Nigéria), países onde a miséria destrói vidas, famílias e sonhos (Eritréia, Etiópia, Somália). Pela oração podemos sustentar missionários em Moçambique, China, Palimi-Ú e Picos. Mas também fortalecer irmãos-missionários em Terra Preta, Perdões ou Cerejeiras. Pela oração a igreja pode desfazer os planos de quaisquer Herodes modernos, a fim de que o Reino de Deus continue avançando, em Atibaia ou ao redor do mundo.

Oremos!

                                             Pr.  Victor

AR OU ÂNCORA?


“Enviei-o a vocês por essa mesma razão, para que saibam como estamos e para que ele os encoraje.” Efésios 6:22.

“As pessoas podem ser o ar que sustenta nosso vôo ou a âncora que segura nosso barco.” John C. Maxwell. Esse é o que o chamamos de principio do elevador e se notarmos nos escritos bíblicos a palavra “encorajar” esta contida por toda a parte, tanto no antigo quanto novo testamento. A igreja sempre foi alertada para esse principio de mutualidade, por uma razão muito óbvia, o próprio Senhor Jesus disse: “Neste mundo vocês terão aflições, contudo tenham ânimo! Eu venci o mundo.” João 16:33.

Portanto, aproveitando o início deste ano de 2012, onde certamente teremos muitos objetivos e situações para resolver, gostaria de trazer a todos essa reflexão. Em nossos relacionamentos temos a oportunidade de praticar esse principio diariamente. Seja sensível quando alguém, ou uma situação, a sua volta exigir coragem. Seja você esse ar que sustentará o vôo da igreja. Chega de palavras de desânimo, desconfiança, já temos alguém encarregado disso, e pode ter certeza de que não é um de nós. A palavra de Deus diz: “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”. II Timóteo 1:7.

Agora, querido irmão, pense nos momentos difíceis que já passou em sua vida até aqui e como foram importantes as pessoas que o encorajaram, com palavras e ações, para que você não desanimasse, e analise a importância dessas pessoas em sua vida. Talvez tenhamos nomes para serem listados, e por causa deles estamos aqui hoje, fazendo parte da família de Deus, apesar de todas as situações que já vivemos. As oportunidades virão, nos corredores da igreja, nas nossas células, escola bíblica dominical, discipulados, aconselhamento, aulas infantis, e outras oportunidades.

Lembro-me de quando cheguei à igreja, estava no meio da igreja, mas me sentia só, parecia que eu não tinha utilidade na igreja, parecia que as pessoas passavam por mim e não me enxergavam, foi quando um querido irmão percebeu minha tristeza e foi conversar comigo e com minha esposa. E disse: “Fiquem tranqüilos, Deus dará a oportunidade para que vocês o sirvam e participem da obra dEle”. Hoje vejo a importância daquela palavra e, sem dúvidas, minha família serve a Deus constantemente, e com muita alegria. Que amanhã o seu nome possa ser mencionado por um irmão como motivo de gratidão a Deus por ter sido usado em uma situação semelhante, espero que nossa igreja tenha muitos, Tíquico, Paulo, Barnabé, e outros, para a glória de Nosso Deus e Pai. Amém!

Pr. Gilmar. 


DEVOCIONAIS PARA A SUA SEMANA:
Segunda: II Timóteo 1:7 – Terça: II Timóteo 2:1 – Quarta: Filipenses 2:19 – Quinta: Filipenses 2:25-28 – Sexta: I Coríntios 1:8 – Sábado: Romanos 1:11-12 – Domingo: Atos 20:20

17 de janeiro de 2012

ORAÇÃO – PASSATEMPO OU ARMA DE GUERRA?


Há duas realidades espirituais que se inter-relacionam. De um lado, a igreja do Senhor Jesus é uma espécie de exército colocado em batalha. Esta guerra relaciona-se com a implantação e expansão do Reino de Deus, que começou em Atos e que perdurará até a volta do Senhor Jesus como Rei. Reagindo à colocação de Pedro, que afirmou que Jesus era o Messias, Cristo disse: “...sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.15). A idéia é de uma igreja que avança, que invade, que conquista de forma invencível os domínios do inferno para o Reino de Deus. O livro de Atos ilustra essa verdade. Apesar de um início tímido e pouco promissor, um grupo de inexpressivos galileus rompeu toda sorte de barreiras religiosas, étnicas, culturais, sociais, geográficas e políticas, conquistando para o Reino de Deus. É fato inconteste que as portas do inferno não conseguiram resistir ao avanço da igreja.
A história também testemunha a esse respeito. Apesar de incontáveis e permanentes tentativas de deter, exterminar ou desacreditar a igreja e a Bíblia, chegamos ao século 21 com a igreja presente, viva e atuante ao redor do mundo. O poder e a presença de Jesus são a causa de as portas do inferno não resistirem à igreja sempre que ela se propõe a avançar.
Mas há a outra realidade espiritual relacionada ao avanço irresistível da igreja: a oração. A igreja inicia quando 120 discípulos de Jesus empregam dez dias em oração, e progride quando a igreja se coloca de joelhos e pede intrepidez e coragem para continuar avançando (veja At  1.14; 2.42; 4.23-31; 10.9 ss.). Jesus ensinou os discípulos a orar e insistiu com eles para que fossem persistentes na oração, cf. Lc 18.1-8.
Ao escrever aos efésios, Paulo ensinou a igreja a respeito da necessidade da “armadura espiritual” para fazer frente ao combate em favor do Reino, Ef 6.10-20. Enquanto explica as diversas partes que compõe a “armadura”, Paulo usa 3 versículos para enfatizar a importância da oração para a batalha espiritual.
Estou convencido de que temos de fazer da oração um exercício contínuo de ministério. Não podemos sequer cogitar de entrar na guerra espiritual sem a “armadura” completa – e isso envolve “oração de guerra”. Devidamente trajados e envolvidos em oração, o Senhor nos permitirá ingressar e conquistar território inimigo. Afinal, as portas do inferno estão profeticamente destinadas a serem derrotadas.
Sem triunfalismo, quero convocar você, que é membro da IECA, a se alistar em nosso exército de oração. No dia 25 deste mês teremos um primeiro exercício de guerra deste ano.
Pr. Victor 

9 de janeiro de 2012

Qualidades desejáveis numa igreja saudável


Assim como cada família possui características peculiares, cada igreja também se caracteriza por qualidades próprias. Existem igrejas com forte ênfase no ensino e outras cuja principal virtude é o alcance evangelístico. Há igrejas com intensa paixão missionária e outras que são pródigas em acolher e tratar marginalizados e feridos. Há “igrejas amigáveis”, “igrejas retraídas”, “igrejas que crescem” e “igrejas fortes”.

O ideal seria que uma igreja reunisse todas as boas qualidades alistadas, mas, assim como nenhuma família consegue ser forte em todos os aspectos, uma igreja também não o consegue e, assim, é forte em alguns aspectos e, eventualmente, frágil em outros.

Quais são, porém, as qualidades ou as virtudes básicas para toda e qualquer igreja? Quais são os valores bíblicos que devem ser buscados e desenvolvidos por uma igreja como a IECA?

A nascente igreja dos tessalonicenses nos oferece um padrão ou um modelo a ser buscado. Apesar de ser nova, formada por crentes novos, ela se destaca como uma igreja que, no seu tempo, tornou-se “modelo para todos os crentes que estão na Macedônia e na Acaia... tornou-se conhecida a fé que vocês têm em Deus” (1Ts 1.7,8). Ora, se aquela igreja foi um modelo para o seu tempo, deve ser um modelo também para nós, hoje! Três qualidades destacaram a igreja dos tessalonicenses (1Ts 1.3). 

Em primeiro lugar, o trabalho que resulta da fé. Normalmente pensamos em fé como algo passivo, uma crença interior, uma construção mental que produz algum tipo de sensação ou emoção. Falamos de “muita fé” ou “pouca fé”, como algo subjetivo. Paulo, no entanto, destaca que os tessalonicenses demonstravam sua fé em Cristo por meio do serviço, do trabalho. É possível percebermos aqui um paralelismo com o contraste feito por Tiago a respeito de “fé sem obras = fé morta” X “fé com obras = fé viva”(Tg 2.14).  A igreja não expressa sua fé por meio de uma Declaração de Fé bem elaborada, mas por serviço, que envolve 
testemunho, proclamação, acolhimento, cuidado, edificação mútua, pureza etc.

Além da fé operosa, os tessalonicenses mostravam um esforço motivado pelo amor. A palavra empregada por Paulo significa “esforço árduo, cansativo, que envolve suor e fadiga”. Temos aqui mais uma comprovação de que o amor bíblico é mais do que apenas um sentimento. Ele é ativo, dinâmico, sacrificial. Os irmãos em Tessalônica trabalhavam incansavelmente porque criam em Deus e porque amavam tanto ao seu Senhor quanto uns aos outros.

A terceira virtude exemplar dos tessalonicenses é a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. Ao longo da carta, podemos constatar que a esperança deles não estava apenas relacionada à vida eterna após a morte, mas à volta iminente do Senhor Jesus para buscar Sua Igreja. Eles tinham a profunda convicção de que Cristo estava voltando naquele tempo, e isso produziu neles perseverança ou paciência. Eles eram capazes de suportar provações e até perseguições sem se deixar abalar em sua fé e em seu amor.

Diante disso, cabe a pergunta: Que tipo de igreja é a IECA?


SEG - 1 Tessalonicenses 1.1-6
TER - 1 Coríntios 13.1-13
QUA - Tg 2.14-19
QUI - 1 Tessalonicvenses 1.7-10
SEX - Rm 12.9-21
SÁB - Tg 5.7-12

2 de janeiro de 2012

Construindo pontes


“Sejam sábios no procedimento para com os de fora, aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saiba como responder a cada um” (Colossenses 4:5,6).

Sabedoria no procedimento com as pessoas é fundamental para o cristão. É muito bom quando, no dia a dia, naturalmente surge um elogio a um membro da nossa igreja por sua sabedoria em relacionamentos. Chamo isso de construções de pontes. Quanto mais sábio é o cristão, mais pontes ele constrói. Temos, no entanto, a consciência de que é impossível que algumas pontes sejam construídas, pois ferem os princípios da Palavra do Senhor.

Pensando em procedimento, vem à minha mente a palavra registrada por Mateus: “Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!” (Mateus 7:17-20). Diz um ditado popular: Um grama de exemplo equivale a uma tonelada de sugestão. Segundo o versículo, um bom testemunho vem acompanhado por sensibilidade em relação às oportunidades que surgem no dia a dia, ou seja, um olhar um pouco menos direcionado para mim e um pouco mais voltado para as necessidades dos outros.

O apóstolo Paulo instruiu a Timóteo, dizendo: “Continue a lembrar essas coisas a todos, advertindo-os solenemente diante de Deus para que não se envolvam em discussões acerca de palavras, isso não traz proveito e serve apenas para perverter os ouvintes. Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:14,15). O versículo alerta para o cuidado no falar. Se há alguém neste mundo que tem todas as condições para manter um procedimento saudável em sua comunicação é o cristão, pois contamos com a presença do Espírito Santo, instruindo-nos, temos o exemplo do nosso Senhor Jesus Cristo e temos a Sua Palavra, que é a semente para uma vida saudável. Assim, “Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo, ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão a Deus em seu coração. Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai” (2 Timóteo 3:16,17).

1-) Avalie o seu impacto em relação aos não crentes.
2-) Atualmente, você tem construído pontes por meio do seu testemunho?
3-) Avalie o seu procedimento no falar.

DEVOCIONAL DA SEMANA:
Segunda: Efésios 5:15,16 – Terça: Filipenses 1:9-11 – Quarta: Filipenses 2:4 – Quinta: Filipenses 2:14,15 – Sexta: Colossenses 2:6,7 – Sábado: 2 Tessalonicenses 3:1 – Domingo: 2 Timóteo 4:7,8.