23 de abril de 2012

Tudo posso naquele que me fortalece. Tudo mesmo?

Pr. Victor Hugo Michel

Certa vez foi perguntado a David Rockefeller, na época o homem mais rico do mundo, quanto uma pessoa precisa para ser feliz. Sua resposta foi: “Um pouco mais do que ela já tem”.

A mesma pergunta foi feita a Sócrates, na Grécia antiga: “Quem é a pessoa mais rica que existe?”, ao que o filósofo respondeu: “Aquele que está contente com o pouco, visto que o contentamento é a riqueza da natureza”.

Há uma evidente diferença de perspectiva entre o empresário do século 20 e o famoso filósofo do sexto século antes de Cristo. De um lado uma mentalidade materialista; de outro um caráter desprovido de ganância. Mas a distinção mais profunda entre os dois está no grau de contentamento ou, se você preferir, na razão ou causa da felicidade de cada um deles. Para um a felicidade está ainda à frente, dependendo do saldo na conta. Já para o outro a felicidade independe do material.

Em geral as pessoas são comparadas por seu nível de riqueza (ou pobreza). Quanto ela ganha, qual(is) seu(s) carro(s), em que cidade, ou bairro, mora e qual o valor de sua casa, quais os lugares que frequenta e em quais revistas é citada ou fotografada. O resultado é mostrado nas listas dos “100 mais ricos”, por exemplo.

Seria interessante comparar as pessoas por seu nível de contentamento. Está bem, eu sei que isso é impossível, pois contentamento não dá para medir, além de ser algo subjetivo e que depende do humor momentâneo do indivíduo. Mesmo assim vamos insistir um pouco nesta ideia maluca. Faça uma pesquisa rápida e vai perceber – talvez dentro da sua própria casa – que o descontentamento pode ser uma realidade para muitas pessoas.

Numa época entre o tempo de Sócrates e o de Rockefeller, o apóstolo Paulo deu testemunho dizendo que tinha “aprendido o segredo de viver contente”, independente das circunstâncias (Filipenses 4.12). Talvez não fosse próprio de sua natureza ou personalidade ser um indivíduo contente. Quem sabe até sua tendência fosse exatamente o oposto. Mas, estando em Cristo, descobriu que é possível aprender o segredo de viver contente. Batendo de frente com tudo o que é representado pela perspectiva do rico acima Paulo passou por enormes apertos financeiros, que o levaram a eventualmente passar fome. Logo, seu contentamento não estava ligado com fartura de dinheiro ou bens materiais. Mas também não iria concordar com Sócrates, visto que a fonte de seu contentamento não era uma atitude estóica de resignação, nem a contemplação ou endeusamento da natureza.

A fonte de seu contentamento – o segredo que descobriu – estava em Cristo. Ele afirma, Fp 4.13: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Ter materialmente muito, pouco, ou nada é secundário. O certo é que “todas as bênçãos espirituais” já nos estão dadas por Deus em Jesus e isso é suficiente para colocar todo o resto numa perspectiva diferente.

Se fosse divulgada a lista com os “100 mais contentes da IECA”, você estaria incluído? Em que posição? Sendo mais direto, deixe-me perguntar-lhe: do que depende o seu contentamento? O que determina seu nível de contentamento em Cristo?

Se ainda está atrás do segredo, lembre que isso não é mais segredo. Paulo já deu á dica: “Tudo posso naquilo que me fortalece”. Tudo? Sim, tudo. Até enfrentar dificuldades, penúria ou perdas. Vamos aprender?

DEVOCIONAL DA SEMANA

SEG – 1 Timóteo 6.6-10
TER – Hebreus 13.4-6
QUA – Mateus 6.24-34
QUI – Filipenses 4.10-13
SEX – Salmo 33.16-22
SÁB – Efésios 1.3-6

9 de abril de 2012

Ressurreição


“Se Cristo não ressuscitou, então nossa fé é pura perda de tempo, e ainda por 

cima continuamos vítimas do pecado e sem qualquer expectativa de salvação.

Mais ainda: todos os que morreram achando que estavam salvos e que iriam 

para o céu entraram numa fria. Logo, se a nossa esperança em Cristo for 

limitada apenas à vida presente, sem esperança futura, somos as pessoas mais 

desgraçadas da face da terra e os outros precisam ter pena de nós.” 

(‘ Coríntios 15.17-19, paráfrase)


Deus operou muitos milagres ao longo da História. Não há limites para aquilo que Deus pode realizar.

                Numa certa madrugada aconteceu o maior de todos os milagres que a História já presenciou, depois da criação:

- maior que a travessia a seco do Mar Vermelho, pelos israelitas;

- maior que a queda dos muros da cidade de Jericó;

- maior que a transformação da água em vinho;

- maior que as curas de cegos e paralíticos, e maior mesmo que as ressurreições de Lázaro, 
Tabita e outros.

                Deste milagre maior dependem nossa fé e nossa esperança. Se esse milagre foi uma fraude, se ele não ocorreu de fato, então estaremos em maus lençóis.

A ressurreição de Jesus Cristo é o maior de todos os milagres, e é o fato histórico que dá sustentação e validade ao Cristianismo. Tire-se a ressurreição e o Cristianismo torna-se uma religião de homens, com bons princípios morais, com uma ética acurada, mas sem qualquer que a diferencie de outras religiões.

Na passagem bíblica acima Paulo afirma a realidade da ressurreição e suas implicações. Seu argumento está construído “ao contrário”, isto é, ele expõe as consequências que adviriam da não-ressurreição de Jesus. De fato, temos de ler a passagem “ao contrário”:


"Ora, como Cristo realmente ressuscitou, então nossa fé não é inútil, 

e já não estamos vitimados pelo pecado. Mais ainda: todos aqueles que morreram 

crendo nisto estão vivendo com Cristo agora. Ninguém precisa ter pena de nós; 

nós é que devemos ter compaixão dos outros, uma vez que a nossa esperança 

em Cristo não está limitada a esta vida presente, mas à vida eterna.”


Páscoa é milagre; em sua essência é demonstração do poder e da soberania de Deus. Páscoa sinaliza a completa vitória sobre o maior inimigo, que é a morte. A morte foi vencida, a esperança está estabelecida. Não perca isso de vista enquanto comemora com sua família.

Que o Senhor renove sua esperança e confirme sua fé naquele que venceu a morte, Jesus Cristo, o Senhor.



                Pr. Victor

2 de abril de 2012

Geração... ?


Tendo, pois Davi, servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com 
os seus antepassados e seu corpo se decompôs.” Atos 13:36.

“Viver com propósito é a única maneira de viver de verdade. Todo o resto é apenas existir”. Rick Warren. 

Toda geração é identificada pela sua maneira de viver, suas características, suas manias e realizações. E esse comportamento sempre influencia a próxima geração, que posteriormente influenciará outra, e assim por diante. Essas ondas vão movimentando a humanidade pelos séculos. A influência é algo inevitável. 

Davi, depois de cumprir o propósito de Deus em sua vida, deu as seguintes recomendações ao seu filho Salomão: “Estou para seguir o caminho de toda a terra. Por isso seja forte, e seja homem. Obedeça ao que o Senhor, o seu Deus exige, ande nos seus caminhos e obedeça aos seus decretos, aos seus mandamentos, as suas ordenanças e aos seus testemunhos, conforme se acham escritos na Lei de Moisés, assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde quer que vá, e o Senhor manterá a promessa que me fez: Se os seus descendentes cuidarem de sua conduta, e se me seguirem fielmente de todo o coração e de toda a alma, você jamais ficará sem descendente no trono de Israel”. I Reis 2:2-4. 

Nós conhecemos a história de Salomão e notamos que nos momentos em que ele não cumpriu as ordens de seu pai as consequências foram inevitáveis para ele e para o povo. 

Realmente nós estamos construindo a base para a próxima geração. Agora que base é essa? Os crentes puritanos do século dezessete investiam horas no estudo da palavra de Deus e faziam uma leve caminhada para cuidar do corpo. Hoje os crentes (no embalo do mundo) fazem uma devocional de cinco minutos, duas horas de academia, corrida, lutas e futebol. O que estamos construindo para o futuro? Há, sim! Vamos morrer esbeltos! Imaginem uma pessoa perguntando no dia do velório: “Como estava o defunto?” “Olha uma maravilha, não tinha uma celulite!”. Isso é o máximo que conseguiremos. 

Mas se queremos marcar a nossa geração de maneira positiva, temos que cumprir a ordem que nosso Deus deixou para fazermos. “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28:19-20. Um alerta para quem estiver lendo: em breve teremos academias mais modernas, shopping, cinemas com salas modernas, e quando chegar este dia, façamos passeios socráticos. “Sócrates filósofo grego (não o jogador do Corinthians), costumava andar pelo centro comercial de Atenas. Quando os vendedores se aproximavam dele e perguntava o que ele queria ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!”“.  Esse é um exemplo pequeno, perto do maior que é o de nosso Senhor Jesus, Ele deixou sua glória real para que pudéssemos viver de verdade!

Pr. Gilmar


DEVOCIONAL PARA A SEMANA


Segunda: Atos 4:18-19      Terça: I Coríntios 15:1-4          Quarta: Gálatas 5:22-26

Quinta: Efésios 2:1-5    Sexta: 2:19-22     Sábado: II Timóteo 4:1-5       Domingo: Tito 3:3-8