“Cuidem que ninguém se exclua da
graça de Deus, que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação,
contaminando muitos”. Hebreus 12:15.
Mágoa! Tristeza, uma ferida
causada por uma palavra ou ação de outro. Esse tem sido um dos diagnósticos
mais freqüentes de minha visita pastoral nos últimos dias. E o pior é que a
pessoa que nos causa na maioria das vezes são as pessoas que mais amamos.
Esposas magoadas com seus maridos por se sentir usadas, maridos por sua vez
magoados por não serem respeitados como líder, filhos magoados com os seus pais
pela incoerência dentro de casa, moças magoadas por rapazes que disseram que as
amavam e depois as abandonaram!
Mágoa! É um câncer no meio da
humanidade, e também no meio da igreja. O que devemos fazer quando o mundo nos
magoa? Pra começar, não podemos fazer o que todos fazem: abrigar amargura
contra outro e pensar: “Nunca vou perdoar o que ele fez!”. A amargura brota em nós quando alguém nos
magoa e nos recusamos a perdoá-lo. Da mágoa resulta uma decepção profunda, que,
por sua vez, leva ao ressentimento e ao ódio. E nesse mundo, onde, por ordem de
Deus, temos de testemunhar, existem muitas pessoas ao nosso redor capazes de
nos magoar.
A mágoa atua como ácido que
goteja, goteja, goteja, e vai corroendo nossa alma. Todos nós sentimos dor do
mesmo modo e nossas piores feridas são as interiores, onde ninguém vê, a não
ser Deus. Todos nós sabemos o que é chorar em silêncio, por mais que coloquemos
uma fachada de coragem.
Existe, contudo, um aspecto muito
negativo nessa questão de não se perdoar a quem nos magoou: desviamos nossa
atenção de Jesus e da vida, e ficamos constantemente a pensar naquele que nos
magoou. E quando centralizamos o pensamento demasiadamente no erro contra nós
cometido, nós começamos a mudar. Vamos modificando, até nos tornarmos parecidos
com aqueles em quem pensamos, passo a passo, passamos a viver e agir como
aqueles que nos magoaram.
Quando não liberamos perdão nos
tornamos “escravos” das pessoas que nos magoaram. E, como o versículo acima de
Hebreus nos alerta, além de sofrermos com a exclusão da graça (não é perca de
salvação e sim ausência de comunhão com Deus), podemos contaminar as pessoas
que convivem conosco. Contaminados com uma doença que começou em nosso coração.
O que devemos fazer? Devemos
seguir o exemplo daquele que mais teria motivo para ficar triste, aquele cuja
ferida é a maior causada na história da humanidade, cuja ofensa foi a maior,
até hoje, que uma pessoa pode sofrer. Nosso Senhor Jesus Cristo, depois de julgado
de forma ilegal, falsas testemunhas falaram sobre ele, foi condenado de forma
ilegal, mesmo quando Pôncio Pilatos deu oportunidade para que soltassem Jesus,
os gritos foram: “Soltem Barrabás, soltem Barrabás!”. Diante de tudo isso Jesus
disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Lucas 23:34. Você
que está lendo esse compartilhar e, por acaso, tem uma ferida que tem que ser
tratada, use esse remédio, “O PERDÃO”. Você que já foi perdoado, que saiu
debaixo da ira de Deus graciosamente, libere o perdão, e ore pela pessoa que te
machucou. E com isso poderá viver com qualidade, desfrutando das bênçãos de
Deus sobre a sua vida.
DEVOCIONAL DA SEMANA:
Segunda: Gálatas 6:9- Terça: Gálatas
5:25-26- Quarta: Filipenses 2:5- Quinta: Filipenses 3:10-11- Sexta: Colossenses
3:1 – Sábado: Colossenses 3:15 – Domingo: Hebreus 3:12
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