3 de agosto de 2011

TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE. TUDO MESMO?

Certa vez foi perguntado a David Rockefeller, na época o homem mais rico do mundo, quanto
uma pessoa precisa para ser feliz. Sua resposta foi: “Um pouco mais do que ela já tem”.

A mesma pergunta foi feita a Sócrates, na Grécia antiga: “Quem é a pessoa mais rica que
existe?”, ao que o filósofo respondeu: “Aquele que está contente com o pouco, visto que oi
contentamento é a riqueza da natureza”.

Há uma evidente diferença de perspectiva entre o empresário do século 20 e o famoso filósofo
do sexto século antes de Cristo. De um lado uma mentalidade materialista; de outro um caráter desprovido
de ganância. Mas a distinção mais profunda entre os dois está no grau de contentamento ou, se você
preferir, na razão ou causa da felicidade de cada um deles. Para um a felicidade está ainda à frente,
dependendo do saldo na conta. Já para o outro a felicidade independe do material.

Em geral as pessoas são comparadas por seu nível de riqueza (ou pobreza). Quanto ela ganha,
qual(is) seu(s) carro(s), em que cidade ou bairro mora e qual o valor de sua casa, quais os lugares que
frequenta e em quais revistas é citada ou fotografada. O resultado é mostrado nas listas dos “100 mais
ricos”, por exemplo.

Seria interessante comparar as pessoas por seu nível de contentamento. Está bem, eu sei que isso
é impossível, pois contentamento não dá para medir, além de ser algo subjetivo e que depende do humor
momentâneo do indivíduo. Mesmo assim vamos insistir um pouco nesta ideia maluca. Faça uma pesquisa
rápida e vai perceber – talvez dentro da sua própria casa – que o descontentamento pode ser uma realidade
para muitas pessoas.

Numa época entre o tempo de Sócrates e o de Rockefeller, o apóstolo Paulo deu testemunho
dizendo que tinha “aprendido o segredo de viver contente”, independente das circunstâncias (Filipenses
4.12). Talvez não fosse próprio de sua natureza ou personalidade ser um indivíduo contente. Quem sabe
até sua tendência fosse exatamente o oposto. Mas estando em Cristo, descobriu que é possível aprender
o segredo de viver contente. Batendo de frente com tudo o que é representado pela perspectiva do rico
acima, Paulo passou por enormes apertos financeiros, que o levaram a eventualmente passar fome. Logo,
seu contentamento não estava ligado com fartura de dinheiro ou bens materiais. Mas também não iria
concordar com Sócrates, visto que a fonte de seu contentamento não era uma atitude estóica de
resignação, nem a contemplação ou endeusamento da natureza.

A fonte de seu contentamento – o segredo que descobriu – estava em Cristo. Ele afirma, Fp 4.13:
“Tudo posso naquele que me fortalece”. Ter materialmente muito, pouco ou nada é secundário. O certo é
que “todas as bênçãos espirituais” já nos estão dadas por Deus em Jesus, e isso é suficiente para colocar
todo o resto numa perspectiva diferente.

Se fosse divulgada a lista com os “100 mais contentes da IECA”, você estaria incluído? Em que
posição? Sendo mais direto, deixe-me perguntar-lhe: do que depende o seu contentamento? O que
determina seu nível de contentamento em Cristo?

Se ainda está atrás do segredo, lembre que isso não é mais segredo. Paulo já deu á dica: “Tudo
posso naquilo que me fortalece”. Tudo? Sim, tudo. Até enfrentar dificuldades, penúria ou perdas.

Vamos aprender?

                                                                                                                    Pr. Victor Michel


Segunda: 1 Timóteo 6.6-10 | Terça: Hebreus 13.4-6   | Quarta: Mateus 6.24-34

Quinta: Filipenses 4.10-13 | Sexta: Salmo 33.16-22   | Sábado: Efésios 1.3-6

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