26 de março de 2012

Ouvir a Palavra vale mais que presenciar um milagre!


      Coisas extraordinárias atraem a nossa atenção. Manchetes bombásticas, descobertas maravilhosas ou acontecimentos surpreendentes têm a capacidade de prender nossa atenção. No mundo das religiões, quanto mais extraordinários os “feitos”, tanto mais credibilidade e reputação são granjeados. Os milagres são usados como estratégia de marketing, atraindo mais e mais pessoas que buscam ser atendidas sobrenaturalmente em suas necessidades.

Mas na vida espiritual milagres não sustentam permanentemente a fé. Os israelitas presenciaram uma quantidade incrível de milagres de Deus antes, durante, e depois de serem tirados do Egito: as pragas, a travessia do Mar Vermelho, o maná, água em abundância no deserto, os mandamentos gravados em pedras. Mas nem assim permaneceram firmes em Deus. Os judeus nos tempos de Cristo viram-no realizar milagres espetaculares – alimentar multidões com alguns poucos pãezinhos e peixinhos; curar cegos, paralíticos, leprosos; dominar as forças da natureza. Mesmo assim, permaneceram endurecidos e não reconheceram o Messias que estava entre eles.

      Num dia rotineiramente normal em sua vida de nômade no deserto de Parã, Moisés deparou-se com uma cena inusitada: uma sarça (espécie de arbusto de porte médio) parecia estar em chamas, mas não se queimava, Ex 3.1-10. Aquilo chamou sua atenção, então Moisés aproximou-se para ver de perto. E foi então que ouviu Deus falando consigo. Este acontecimento marcou uma nova guinada na vida de Moisés. Aos oitenta anos de idade ele é convocado para tornar-se o libertador de Deus para o povo escravizado dos israelitas no Egito. 

     Deve chamar nossa atenção o fato de que entre o milagre sobrenatural – a sarça em  chamas – e a Palavra pronunciada por Deus, foi esta, e não aquela, que produziu mudanças significativas na vida de Moisés e redundou na concretização do plano de Deus. A Bíblia nos ensina que “vivemos por fé, e não pelo que vemos” (2 Co 5.7). Ora, a fé é gerada e alimentada pela Palavra de Deus: “A fé vem por se ouvir a mensagem e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo” (Rm 10.17).

   Nestes tempos de confusão religiosa e de promoção desenfreada dos milagres e seus milagreiros precisamos nos precaver e voltar sempre de novo para a Palavra de Deus. Porque ouvir a Palavra vale mais 
que presenciar, ou experimentar, milagres. Os milagres não poderão sustentar a fé; ao contrário, poderão até pervertê-la. Como igreja, estamos comprometidos com a autoridade da Palavra sobre nossa fé e conduta. Quando Deus quiser realizar milagres Ele o fará não para sustentar nossa fé, mas como forma de demonstrar Seu poder e bondade e como meio de nos conduzir a outro nível de maturidade espiritual.

   Quando deparar com um evento extraordinário – como uma sarça queimando – lembre-se de que possivelmente ele virá acompanhado de uma Palavra. Dê prioridade à Palavra.

Pr. Victor

DEVOCIONAL PARA A SEMANA
SEG – 2 Co 4.16-18 TER – Hb 4.12-13 QUA – Sl 119.33-40  
QUI – Sl 19.7-11 SEX- 2 Tm 3.14-17 SÁB – Sl 119.97-104

19 de março de 2012

Digitais de Deus, sinais de soberania


Impressões digitais constituem uma prova contundente. Elas revelam quem tocou no objeto ou quem esteve presente em determinado local. As digitais direcionam as investigações e são usadas nos tribunais como provas para julgar. Elas afirmam e confirmam a autoria de certo ato. Elas servem tanto para condenar quanto para inocentar. 

As digitais de Deus estão presentes no universo. O salmista afirma: “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento proclama a obra das suas mãos” (Sl 19.1). “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos...” (Sl 8.3). As mãos de Deus também deixam gravadas suas digitais na vida de Seus filhos. Como disse o salmista: “Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim” (Sl 139.5).

Deus deixa suas digitais de propósito. Ele não tem nenhum crime a esconder; Ele não precisa temer pelas consequências de Seus atos. Pelo contrário, Ele quer que as provas apontem para Sua presença e para Suas intervenções. E isso para que os homens reconheçam quem Ele é. Em meio às pragas lançadas contra Faraó e o Egito – cujo propósito era manifestar a grandeza e o poder de Deus – os magos dizem a Faraó: “Isso é o dedo de Deus” (Êx 8.19). Eles viram nas pragas a manifestação de alguém maior do que eles e suas mágicas; alguém com quem não conseguiam competir.

As digitais de Deus são deixadas propositalmente na criação, na história da humanidade e nas vidas de Seus filhos. Elas manifestam a soberania de Deus. Revelam o poder divino de criar, transformar, intervir ou determinar os acontecimentos. Somos sábios quando identificamos essas digitais em nossa própria vida e história. Isso nos conforta e estimula por sabemos que Deus está ativo e envolvido. E sempre que Ele o faz os resultados são ternos.

Deus envolveu-se decididamente na vida de Moisés. Gravou Suas digitais na história desse homem, ilustrando para nós algumas formas pelas quais o Senhor também se envolve conosco. Seja no nascimento e preservação num mundo hostil, seja oferecendo experiências especiais e específicas, o fato é que Deus vai proporcionando a Moisés a dose certa de sucessos e fracassos a fim de torná-lo o homem certo para a hora certa. Deus fez-se presente em cada momento da história de Moisés, mesmo naqueles em que parecia quieto, distante ou indiferente. 

Talvez nessa semana o Senhor proporcione a você uma experiência especial. Veja se consegue reparar e as digitais dele ficarão impressas em seu coração. Isso vai ajudar você a adorar o Senhor, mesmo que tenha de chorar. 

As digitais são sinal de Sua soberania. Mas também de Seu amor.

Pr. Victor


DEVOCIONAL DA SEMANA


SEG – Salmo 139. 1-6 TER – Sl 139.7-12 QUA - Sl 139.13-16              
QUI – Sl 139. 17-24   SEX – 1 Pe 5.6-7 SÁB – Jo 10.28-29


12 de março de 2012

Como lidar com tormentos do coração?


Nosso principal problema que nos afasta de Deus; que causa conflitos com as
pessoas que amamos; que traz culpa, medo, vergonha e ansiedade para nosso coração:
é o pecado.

Por causa do pecado até mesmo nosso corpo pode definhar (Sl 32:3,4).

Mas, como é difícil admitir que temos esta enfermidade espiritual!

Semelhantes a Adão, pecamos e a primeira reação é fugir da presença de Deus;
carregamos sozinhos, nosso medo, vergonha e culpa. Ao invés de admitir logo o
pecado, culpamos o outro. E às vezes, culpamos até mesmo o Senhor.

Entretanto, aqueles que aceitam o diagnóstico do “Médico dos médicos”,
recebem dele o tratamento.

O profeta Miquéias disse: “Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o
pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu, que não
permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor. De novo terás
compaixão de nós; pisarás as nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados nas
profundezas do mar”. (Miq 7:18,19)

Deus não nos lança fora por causa de nossos pecados. Ele quer nos perdoar nos
dar sua paz.

Deus não ignora que pecamos. Ele perdoa e esquece.

Para ser perdoado é preciso buscar o perdão que Deus disponibiliza a todos: “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e
nos purificar de toda injustiça.” (1 Jo 1:9).

Por maior que tenha sido a transgressão, Ele não permanecerá irado para sempre
com você, que é seu filho. Deus irá tratá-lo, mas com amor.

Por mais traumática que tenha sido a experiência, Ele pisa nessas maldades,
esmigalha de tal modo que as torna em pó; então, lança tudo num lugar profundo e
inalcançável do mar.

Fique tranquilo: um mal que foi tratado diante de Deus jamais será trazido de novo
e lançado diante de você.

Não há nada neste mundo que cause mais problema para nosso coração do que
o pecado.

Entretanto, não há outro remédio capaz de tratá-lo senão o perdão que é fruto do
amor, da graça e da misericórdia do nosso Deus.

Que esta verdade traga paz ao seu coração

Pr. Poquiviqui


DEVOCIONAL PARA A SEMANA

SEG - Miq 4:5                      TER - Miq 5:2,4,5ª                          QUA - Miq 6:8 

QUI - Miq 7:7,8                   SEX - Miq 7:9                                   SAB - Miq 7:18,19
 

5 de março de 2012

Quando o mundo nos magoa


“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus, que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos”. Hebreus 12:15.

Mágoa! Tristeza, uma ferida causada por uma palavra ou ação de outro. Esse tem sido um dos diagnósticos mais freqüentes de minha visita pastoral nos últimos dias. E o pior é que a pessoa que nos causa na maioria das vezes são as pessoas que mais amamos. Esposas magoadas com seus maridos por se sentir usadas, maridos por sua vez magoados por não serem respeitados como líder, filhos magoados com os seus pais pela incoerência dentro de casa, moças magoadas por rapazes que disseram que as amavam e depois as abandonaram!

Mágoa! É um câncer no meio da humanidade, e também no meio da igreja. O que devemos fazer quando o mundo nos magoa? Pra começar, não podemos fazer o que todos fazem: abrigar amargura contra outro e pensar: “Nunca vou perdoar o que ele fez!”.  A amargura brota em nós quando alguém nos magoa e nos recusamos a perdoá-lo. Da mágoa resulta uma decepção profunda, que, por sua vez, leva ao ressentimento e ao ódio. E nesse mundo, onde, por ordem de Deus, temos de testemunhar, existem muitas pessoas ao nosso redor capazes de nos magoar.

A mágoa atua como ácido que goteja, goteja, goteja, e vai corroendo nossa alma. Todos nós sentimos dor do mesmo modo e nossas piores feridas são as interiores, onde ninguém vê, a não ser Deus. Todos nós sabemos o que é chorar em silêncio, por mais que coloquemos uma fachada de coragem.

Existe, contudo, um aspecto muito negativo nessa questão de não se perdoar a quem nos magoou: desviamos nossa atenção de Jesus e da vida, e ficamos constantemente a pensar naquele que nos magoou. E quando centralizamos o pensamento demasiadamente no erro contra nós cometido, nós começamos a mudar. Vamos modificando, até nos tornarmos parecidos com aqueles em quem pensamos, passo a passo, passamos a viver e agir como aqueles que nos magoaram.

Quando não liberamos perdão nos tornamos “escravos” das pessoas que nos magoaram. E, como o versículo acima de Hebreus nos alerta, além de sofrermos com a exclusão da graça (não é perca de salvação e sim ausência de comunhão com Deus), podemos contaminar as pessoas que convivem conosco. Contaminados com uma doença que começou em nosso coração.

O que devemos fazer? Devemos seguir o exemplo daquele que mais teria motivo para ficar triste, aquele cuja ferida é a maior causada na história da humanidade, cuja ofensa foi a maior, até hoje, que uma pessoa pode sofrer. Nosso Senhor Jesus Cristo, depois de julgado de forma ilegal, falsas testemunhas falaram sobre ele, foi condenado de forma ilegal, mesmo quando Pôncio Pilatos deu oportunidade para que soltassem Jesus, os gritos foram: “Soltem Barrabás, soltem Barrabás!”. Diante de tudo isso Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Lucas 23:34. Você que está lendo esse compartilhar e, por acaso, tem uma ferida que tem que ser tratada, use esse remédio, “O PERDÃO”. Você que já foi perdoado, que saiu debaixo da ira de Deus graciosamente, libere o perdão, e ore pela pessoa que te machucou. E com isso poderá viver com qualidade, desfrutando das bênçãos de Deus sobre a sua vida.


DEVOCIONAL DA SEMANA:

Segunda: Gálatas 6:9- Terça: Gálatas 5:25-26- Quarta: Filipenses 2:5- Quinta: Filipenses 3:10-11- Sexta: Colossenses 3:1 – Sábado: Colossenses 3:15 – Domingo: Hebreus 3:12