5 de março de 2012

Quando o mundo nos magoa


“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus, que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos”. Hebreus 12:15.

Mágoa! Tristeza, uma ferida causada por uma palavra ou ação de outro. Esse tem sido um dos diagnósticos mais freqüentes de minha visita pastoral nos últimos dias. E o pior é que a pessoa que nos causa na maioria das vezes são as pessoas que mais amamos. Esposas magoadas com seus maridos por se sentir usadas, maridos por sua vez magoados por não serem respeitados como líder, filhos magoados com os seus pais pela incoerência dentro de casa, moças magoadas por rapazes que disseram que as amavam e depois as abandonaram!

Mágoa! É um câncer no meio da humanidade, e também no meio da igreja. O que devemos fazer quando o mundo nos magoa? Pra começar, não podemos fazer o que todos fazem: abrigar amargura contra outro e pensar: “Nunca vou perdoar o que ele fez!”.  A amargura brota em nós quando alguém nos magoa e nos recusamos a perdoá-lo. Da mágoa resulta uma decepção profunda, que, por sua vez, leva ao ressentimento e ao ódio. E nesse mundo, onde, por ordem de Deus, temos de testemunhar, existem muitas pessoas ao nosso redor capazes de nos magoar.

A mágoa atua como ácido que goteja, goteja, goteja, e vai corroendo nossa alma. Todos nós sentimos dor do mesmo modo e nossas piores feridas são as interiores, onde ninguém vê, a não ser Deus. Todos nós sabemos o que é chorar em silêncio, por mais que coloquemos uma fachada de coragem.

Existe, contudo, um aspecto muito negativo nessa questão de não se perdoar a quem nos magoou: desviamos nossa atenção de Jesus e da vida, e ficamos constantemente a pensar naquele que nos magoou. E quando centralizamos o pensamento demasiadamente no erro contra nós cometido, nós começamos a mudar. Vamos modificando, até nos tornarmos parecidos com aqueles em quem pensamos, passo a passo, passamos a viver e agir como aqueles que nos magoaram.

Quando não liberamos perdão nos tornamos “escravos” das pessoas que nos magoaram. E, como o versículo acima de Hebreus nos alerta, além de sofrermos com a exclusão da graça (não é perca de salvação e sim ausência de comunhão com Deus), podemos contaminar as pessoas que convivem conosco. Contaminados com uma doença que começou em nosso coração.

O que devemos fazer? Devemos seguir o exemplo daquele que mais teria motivo para ficar triste, aquele cuja ferida é a maior causada na história da humanidade, cuja ofensa foi a maior, até hoje, que uma pessoa pode sofrer. Nosso Senhor Jesus Cristo, depois de julgado de forma ilegal, falsas testemunhas falaram sobre ele, foi condenado de forma ilegal, mesmo quando Pôncio Pilatos deu oportunidade para que soltassem Jesus, os gritos foram: “Soltem Barrabás, soltem Barrabás!”. Diante de tudo isso Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Lucas 23:34. Você que está lendo esse compartilhar e, por acaso, tem uma ferida que tem que ser tratada, use esse remédio, “O PERDÃO”. Você que já foi perdoado, que saiu debaixo da ira de Deus graciosamente, libere o perdão, e ore pela pessoa que te machucou. E com isso poderá viver com qualidade, desfrutando das bênçãos de Deus sobre a sua vida.


DEVOCIONAL DA SEMANA:

Segunda: Gálatas 6:9- Terça: Gálatas 5:25-26- Quarta: Filipenses 2:5- Quinta: Filipenses 3:10-11- Sexta: Colossenses 3:1 – Sábado: Colossenses 3:15 – Domingo: Hebreus 3:12

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