10 de novembro de 2011

O devaneio insensato da vida sem Deus


Os homens insistem que é possível viver de forma significativa, porém sem Deus. Procuram e
afirmam encontrar soluções para os dramas íntimos que afligem a alma humana. O secularismo,
característica da era pós-moderna em que vivemos, acaba sendo a conclusão a que chegam os que tentam
viver sem Deus.

Foi a essa conclusão que Salomão chegou: “Vá, coma com prazer a sua comida e beba o seu vinho
de coração alegre (...) todos os seus dias [são] sem sentido”. A principal característica do secularismo é a
valorização do aqui e agora, sem levar a eternidade em consideração, até porque a eternidade pertence à
esfera do divino, do abstrato e, mais precisamente, tem a ver com fé. Salomão abandonou o caminho de
Deus. Não renegou a fé que um dia experimentara. Não se tornou um apóstata. Fez, porém, o que tem se
tornado especialmente comum nos nossos dias – deixou Deus em um plano secundário e inferior da sua
vida. Manteve-se religioso, por assim dizer. Possivelmente, ia ao templo, oferecia alguns sacrifícios e fazia
algumas orações. Talvez até entregasse dízimos e ofertas aos sacerdotes. Tudo isso, porém, não passava de
uma encenação religiosa que tinha muito pouco a ver com seu coração. Sua busca não era mais por Deus
e Sua vontade, mas pelo que trazia prazer ao seu coração, agora insensato. Salomão se tornou muito sábio
por provisão de Deus, mas perdeu sua sabedoria quando enveredou por caminhos que nada tinham a ver
com a vontade de Deus para sua vida. De sábio, transformou-se em um insensato, e a insensatez cobra um
preço de suas vítimas - fracasso e frustração.

A busca pela verdadeira sabedoria começa quando a pessoa se aproxima de Deus. Em última
análise, a sabedoria é sempre superior à insensatez, ainda que esta aparente oferecer algum resultado
melhor em curto prazo. Manter Deus fora da equação da vida é insensatez. Assim, a pessoa
verdadeiramente sábia volta sua atenção para o criador e sustentador da vida e do Universo.

Eclesiastes serve como alerta para que não fracassemos, tornando-nos insensatos a ponto de
deixar Deus em outra posição que não no centro da nossa vida. Como Salomão, somos capazes de
aparentar uma fachada de espiritualidade, cumprindo todos os nossos deveres religiosos, sem, todavia,
deixar que o Senhor comande todas as áreas da nossa vida. Faça da busca pela sabedoria o seu esforço
permanente. Não se descuide. Afinal, o que garante que você está ficando mais sábio a cada dia?


Pr. Victor Michel

DEVOCIONAIS PARA A SUA SEMANA - Conhecendo Eclesiastes

SEGUNDA – Ec 9.1-3: Como você responde (com a Bíblia) às afirmações do v. 2?

TERÇA – Ec 9.3b-6: Compare essa passagem com Ec 4.2-3. O que você conclui? Há alguma mudança de
opinião? Qual? Como a presença de Deus na vida resolve esse enigma?

QUARTA – Ec 9.7-10: O que há de errado com a proposta de Salomão? Quais são os perigos de se abraçar
uma filosofia de vida desse tipo?

QUINTA – Ec 9.11-12: Você concorda que a vida é uma questão de sorte? Como você defende a soberania
de Deus diante de alguém que abraça uma posição semelhante a de Salomão?

SEXTA – Rm 11.36: Como esse texto contribui para formar uma filosofia de vida? Que aplicações práticas
desse versículo você pode usar na sua vida?

SÁBADO – Ec 9.13-20: Quais são as principais atitudes que mostram que uma pessoa é sábia? Quais são as
principais demonstrações de tolice ou insensatez?


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