23 de janeiro de 2012

ORAÇÃO – PASSATEMPO OU ARMA DE GUERRA? (Parte 2)


                Para mim, há um certo mistério envolvendo o exercício da oração. Se Deus sabe tudo e tem todas as coisas sob Seu controle soberano, como é que um pedido meu (ou da igreja) pode alterar um plano de Deus? Mais ainda: como compreender que Deus queira fazer algo e fique “esperando” até que alguém peça aquilo para, só então, entrar em ação? Em Mt 6.8 o Senhor Jesus afirmou que “o Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem”. Não obstante, declara que devemos orar. Ou então, como explicar aquele impulso irresistível para orar por alguém ou alguma coisa e descobrir depois que Deus atendeu a oração? Terá sido mera coincidência, ou existe alguma ação interior do Espírito Santo impulsionando tanto a oração quanto a resposta a ela?

                Não sei explicar. Mas acredito no valor e no poder da oração. Na Bíblia, Deus deixa claro que deseja escutar nossas orações e que reage a elas. Veja-se, por exemplo, a história relatada em At 12.5. O apóstolo Pedro tinha sido preso logo depois que outro apóstolo, Tiago, tinha sido morto. Era certo que Pedro teria o mesmo fim. Então a igreja em Jerusalém, consciente da situação, “ora intensamente a Deus por Pedro”, e Pedro foi tirado da cadeia por um anjo de Deus. As orações da igreja foram respondidas, e o rei Herodes ficou impotente.

                Em Lc 18.1-8 o Senhor Jesus usa de uma parábola para nos ensinar a “orar sempre e nunca desanimar”. Usando o exemplo de uma mulher que, por insistência e persistência, obtém a atenção e a decisão de um juiz, Jesus declara-nos que Deus se importa com Seus escolhidos e lhes faz justiça; no caso, isso significa que Deus responde depressa ao clamor dos Seus filhos.

Ao ensinar os discípulos a orar, Jesus lhes disse para pedir: “Venha o teu reino”. A vinda e a expansão do Reino de Deus vinculam-se com a oração do povo de Deus. Logo, se queremos ver o Reino se expandindo a partir da presença e atuação da IECA, devemos fazer da oração um instrumento de ministério – ou de guerra, se for o caso. A intercessão fervorosa, o clamor incessante, o pedido indignado e a adoração reverente devem compor nosso repertório de oração. Pela oração podemos ministrar tão longe quanto nos países onde nossos irmãos estão sendo perseguidos e maltratados (Coréia do Norte, Irã, Nigéria), países onde a miséria destrói vidas, famílias e sonhos (Eritréia, Etiópia, Somália). Pela oração podemos sustentar missionários em Moçambique, China, Palimi-Ú e Picos. Mas também fortalecer irmãos-missionários em Terra Preta, Perdões ou Cerejeiras. Pela oração a igreja pode desfazer os planos de quaisquer Herodes modernos, a fim de que o Reino de Deus continue avançando, em Atibaia ou ao redor do mundo.

Oremos!

                                             Pr.  Victor

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